A partir desta terça-feira (31), os investidores do Tesouro Direto não pagarão mais a taxa de custódia semestralmente. Agora, a cobrança será realizada somente em movimentações, como o resgate antecipado, vencimento do título ou pagamento de juros e amortizações pelo Tesouro Nacional.
A taxa de custódia, equivalente a 0,2% do saldo aplicado, anteriormente incidia duas vezes ao ano: no primeiro dia útil de janeiro e no primeiro dia útil de julho. Com a mudança, a cobrança será proporcional ao período de investimento e ocorrerá no momento da movimentação.
Facilidade para os investidores
Em comunicado oficial, o Tesouro Nacional afirmou que a alteração busca facilitar a experiência dos investidores, eliminando a necessidade de depósitos periódicos para cobrir a taxa semestral. A taxa de custódia é destinada à B3, a bolsa de valores brasileira, responsável pela guarda dos títulos e operação do sistema de negociações.
Casos específicos
Para os títulos Tesouro Educa+ (voltado à educação) e Renda+ (planejado para aposentadoria), a cobrança será feita apenas no resgate ou recebimento de fluxos mensais após o vencimento. Investidores que mantiverem esses títulos até o vencimento continuarão isentos da taxa.
Já os investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic permanecem isentos da taxa de custódia. O valor excedente aos R$ 10 mil será taxado em 0,2%. Por exemplo, um saldo de R$ 10.100 pagará apenas R$ 0,20.
Histórico de redução da taxa
Desde a criação do Tesouro Direto em 2002, a taxa de custódia foi progressivamente reduzida. Inicialmente, a cobrança era de 0,5%, além de taxas de administração cobradas por bancos e corretoras. Em 2019, a taxa caiu para 0,25%, chegando a 0,2% em 2022. Investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic passaram a ser isentos em 2020.
Importância do Tesouro Direto
Criado em 2002, o Tesouro Direto democratizou o acesso aos títulos públicos, permitindo que pessoas físicas invistam diretamente no governo por meio de uma plataforma digital. Essa modalidade se tornou uma ferramenta importante para a captação de recursos pelo governo, que utiliza os valores arrecadados para honrar compromissos e pagar dívidas.
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*Com informações da Agência Brasil