O mercado náutico brasileiro encerrou 2024 com um desempenho expressivo, consolidando sua posição de destaque na economia. O Grupo Náutica, líder em eventos do setor na América Latina, foi um dos principais responsáveis pelo crescimento, promovendo seis Boat Shows ao longo do ano, que atraíram mais de 140 mil visitantes, exibiram mais de 450 embarcações e reuniram 370 marcas expositoras. O resultado foi a venda de cerca de mil barcos, representando um aumento de 20% em relação a 2023. Esses eventos também impulsionaram a geração de empregos no setor, que alcançou 150 mil postos diretos e indiretos, um crescimento de 25% em comparação ao ano anterior, segundo dados da Acobar (Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Seus Implementos).
Além dos eventos, o grupo expandiu o Congresso Internacional Náutica para novos destinos, como Salvador (BA), além de São Paulo e Foz do Iguaçu (PR). Esses congressos reuniram lideranças públicas e privadas para discutir temas como infraestrutura náutica, incentivos fiscais e desenvolvimento do turismo aquático. Um dos destaques foi o estado de São Paulo, que anunciou a criação de 13 estruturas públicas para embarcações no interior, com previsão de aumentar a movimentação econômica em 90% nos próximos 10 anos.
No Paraná, o governo estadual anunciou um investimento de R$ 250 milhões para novas estruturas náuticas, enquanto, durante o Foz Internacional Boat Show, foi fechado um acordo de R$ 150 milhões entre o Parque Tecnológico Itaipu e a JAQ Apoio Marítimo para adaptar embarcações que operem com hidrogênio verde.
O presidente da Acobar, Eduardo Colunna, destacou o potencial de crescimento do setor. “O Brasil tem todas as condições para se tornar uma potência náutica, mas precisamos de investimentos em infraestrutura e políticas públicas que reconheçam a importância do mercado”, afirmou.
Em 2025, o calendário náutico promete ainda mais expansão, com eventos em seis cidades, começando em abril com o Rio Boat Show. Segundo Thalita Vicentini, diretora do Grupo Náutica, o objetivo é levar o mercado náutico a novos públicos e fortalecer o turismo nas regiões menos exploradas.
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Fonte: Rotas Comunicação – Foto: Victor Santos/Revista Náutica