O Governo de São Paulo intensificou as ações de combate à dengue, reforçando o alerta à população sobre a necessidade de eliminar focos de proliferação, especialmente durante períodos de calor e chuvas intensas. Um dos pontos críticos é o descarte correto do lixo, essencial para evitar a disseminação do mosquito Aedes aegypti.
Cristiano Kenji Iwai, subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), enfatiza a importância do manejo adequado dos resíduos sólidos no combate à dengue e outras doenças. “O descarte incorreto de garrafas, pneus ou qualquer objeto que possa acumular água cria ambientes propícios para a proliferação do Aedes aegypti. Por isso a importância de nos atentarmos, porque depende diretamente da nossa atitude como cidadãos no combate à dengue”, destaca.
Kenji orienta que os resíduos sejam devidamente acondicionados: “Os sacos devem ser bem fechados e encaminhados para a coleta pública, garantindo que sejam descartados de forma ambientalmente correta”.
Ao longo dos anos, o Aedes aegypti tem se adaptado às áreas urbanas, tornando-se cada vez mais eficiente na reprodução em ambientes domésticos. Este mosquito, com hábitos diurnos, alimenta-se de sangue humano, principalmente ao amanhecer e ao entardecer, e reproduz-se em água limpa e parada, encontrada em recipientes dentro e fora das residências.
Com o início das chuvas na primavera e no verão, há um aumento significativo na proliferação do mosquito. A dengue é sazonal, com elevação de casos e risco de epidemias entre outubro e maio.
Ações de combate à dengue nos Parques Estaduais Urbanos
Os Parques Estaduais Urbanos, geridos pela Semil, recebem atenção especial nesta época do ano. Devido à sua extensão e ao ambiente aberto, são implementadas medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito. Entre as ações adotadas para reduzir os focos de reprodução do Aedes aegypti, destacam-se:
- Limpeza e remoção de materiais que possam acumular água;
- Monitoramento de locais com alta incidência de água, especialmente durante chuvas intensas, com remoção de pontos de água parada ou aplicação de produtos de limpeza quando a remoção não é possível;
- Esvaziamento constante de água de equipamentos e, quando necessário, aplicação de areia para evitar o acúmulo;
- Limpeza das calhas para garantir o escoamento adequado das águas pluviais;
- Ações conjuntas com as prefeituras para otimizar o combate ao mosquito e ampliar o alcance das medidas preventivas.
“Para prevenir a dengue, é fundamental eliminar qualquer foco de água parada, usar repelente e proteger os espaços urbanos com a colaboração de todos”, afirma Ana Seabra, coordenadora da Coordenadoria de Parques e Parcerias. “Também é essencial adotar medidas específicas de prevenção para garantir a segurança dos visitantes e evitar a disseminação da doença.”
Prevenção e cuidados
Em menos de 15 minutos, é possível realizar uma inspeção eficiente e eliminar recipientes com água parada, ambientes ideais para a procriação do Aedes aegypti. O órgão reforça a importância da colaboração da população na vigilância e eliminação de focos do mosquito, realizando verificações frequentes em suas residências e áreas adjacentes.
Além da eliminação de criadouros, a orientação é que todos estejam atentos aos sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Em caso de suspeita, é crucial buscar orientação médica imediatamente.
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Fonte: Semil