A Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de mais uma manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na tarde deste domingo (29). Com o mote “Justiça Já”, o ato reuniu cerca de 12,4 mil pessoas, segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common, com base em imagens de drones e softwares de IA.
O principal foco do protesto foi o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), onde Bolsonaro é acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O ministro Alexandre de Moraes abriu prazo, dois dias antes do ato, para as alegações finais do processo.
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Faixas, críticas ao STF e apoio internacional
Os manifestantes vestiam verde e amarelo e se concentraram no quarteirão entre a Rua Peixoto Gomide e o Masp, com faixas pedindo anistia aos condenados do 8 de janeiro, além de bandeiras de apoio a Israel e aos Estados Unidos. Havia também concentração em frente à sede da Fiesp.
Durante o evento, foram criticadas as mudanças no IOF, o escândalo de fraudes no INSS e os inquéritos conduzidos pelo STF. Bolsonaro subiu ao caminhão de som acompanhado dos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Jorginho Mello (SC), além do pastor Silas Malafaia, principal organizador.
Discursos e clima político
Saudado com gritos de “mito”, Bolsonaro defendeu a eleição de 50% do Congresso em 2026 e voltou a pedir anistia aos presos do 8 de janeiro:
“Apelo aos três poderes da República para pacificar o Brasil. Liberdade para os inocentes do 8 de janeiro.”
Silas Malafaia chamou Moraes de ditador e atacou a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Já Tarcísio afirmou que o Brasil “não aguenta mais o PT” e que “a missão de Bolsonaro ainda não acabou”.
STF entra em fase final de julgamento
O STF iniciou nesta semana a fase final do processo que investiga Bolsonaro e outros sete réus por:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de golpe de Estado
- Ato contra o Estado Democrático de Direito
- Dano qualificado com violência
- Deterioração de patrimônio tombado
A Procuradoria-Geral da República (PGR), Mauro Cid e os demais réus terão 15 dias cada para apresentar suas alegações finais. O julgamento será feito pela Primeira Turma, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
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*Com informações: Agência Brasil