O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (9) a um ano de prisão pela Justiça da Espanha, acusado de fraude fiscal durante o período em que comandava o Real Madrid, em 2014.
A decisão, divulgada por meio de um comunicado oficial do tribunal de Madri, aponta que o treinador italiano deixou de declarar rendimentos relacionados a direitos de imagem no exercício fiscal de 2014. O valor total da sonegação, segundo o Ministério Público espanhol, é de 1.062.079 euros, o equivalente a R$ 6,6 milhões.
Ancelotti não deve ser preso, mas terá que pagar multa milionária
Apesar da sentença de um ano de prisão, Ancelotti não será preso, já que a legislação espanhola permite o cumprimento em liberdade condicional para réus primários condenados a penas inferiores a dois anos, quando o crime não é violento.
O técnico, que tem 66 anos e atualmente treina a Seleção Brasileira, também foi condenado ao pagamento de uma multa de 387 mil euros (cerca de R$ 2,4 milhões) e ficará proibido de receber auxílios ou subsídios públicos na Espanha por três anos.
Defesa conseguiu anulação parcial das acusações
O tribunal espanhol absolveu Ancelotti das acusações referentes ao ano de 2015, por considerar que não havia comprovação suficiente de sua permanência no país naquele período. Em maio daquele ano, o técnico foi demitido do Real Madrid e mudou-se para Londres, onde passou a viver após o encerramento do contrato.
A investigação contra Ancelotti faz parte de uma série de processos fiscais envolvendo personalidades do futebol com passagem por clubes espanhóis, como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, que também enfrentaram acusações semelhantes nos últimos anos.
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Foto: Rafael Ribeiro/CBF