Para muitos brasileiros, a aprovação em um concurso público é um sonho — mas também um grande desafio. Em meio a tantos conselhos e informações desencontradas, surgem mitos que podem desmotivar ou até prejudicar quem está se preparando. Conversamos com a professora Norelei Frutuoso, especialista em formação de candidatos, para esclarecer os equívocos mais comuns sobre a jornada até a aprovação.
- “Passar em concurso é uma questão de sorte”
Segundo Norelei, essa é uma das maiores ilusões. “Passar no concurso é uma questão de preparação, de estudo disciplinado, bem planejado e com ações sábias”, afirma. Ela destaca a importância de escolher o momento certo para estudar, longe de distrações cotidianas, como tarefas domésticas. “Estudar com a panela de pressão no fogo não funciona.”
- “Só quem estuda o dia inteiro consegue passar”
Outro mito. A professora defende que é possível conquistar uma vaga mesmo com pouco tempo, desde que haja constância. “Estudar 30 minutos por dia com foco pode ser mais eficaz do que estudar por horas sem atenção. A regularidade é a chave.”
- “Existe uma fórmula infalível”
Embora não haja mágica, Norelei aponta que o segredo está na dedicação e no método. Estudar por conta própria é possível, mas contar com um curso preparatório pode facilitar a compreensão de temas complexos. “No meu curso, aplico correção comentada de questões, o que ajuda o aluno a entender não só o erro, mas também o conteúdo.”
- “É preciso decorar todo o conteúdo do edital”
Segundo a especialista, isso é desnecessário — e inviável. O importante é compreender o perfil da banca organizadora e os autores exigidos. “Tem edital que parece uma biblioteca inteira. O essencial é saber priorizar o que realmente cai na prova.”
- “Fazer cursinho é indispensável”
Depende. Para quem busca resultados rápidos, o cursinho pode ser um bom atalho, mas a escolha deve ser criteriosa. “Tem cursinho de todo tipo no mercado. É como refrigerante: tem Coca-cola, Pepsi e tubaína. O aluno precisa saber o que está contratando.”
- “Estudar por horas seguidas funciona”
Norelei desaconselha a prática de “maratonar estudos”. O cérebro precisa de pausas para absorver o conteúdo. “Mesmo em atividades prazerosas, a mente busca pausas. Com os estudos, não é diferente.”
- “Reprovação é sinal de fracasso”
Esse pensamento pode ser prejudicial. Para a professora, reprovações fazem parte do processo e não devem ser encaradas como derrota. “A prova do concurso é classificatória e pode conter pegadinhas. Isso não mede sua capacidade, e sim quem erra menos.”
- “As provas estão impossíveis e só passa quem já tem experiência”
Norelei acredita que essa visão é distorcida. O grau de dificuldade pode variar, mas não é um obstáculo intransponível. “O que tem preocupado mesmo é a prova prática, como a gravação de videoaula. Mas com orientação, é possível se sair bem. Já tive alunos que tiraram nota máxima.”
- “Material gratuito da internet resolve tudo”
É possível usar esses materiais, sim — com cautela. “É preciso verificar a atualização, especialmente em conteúdos legais. Já vi aulas de cursos famosos ensinando coisas que não estavam nem nos livros citados.”
- “Não pode fazer concurso em ano de eleição
Norelei faz questão de desfazer esse último mito. “Pode sim ter concurso. O que não pode é convocar para nomeação três meses antes e três meses depois da eleição. As pessoas confundem isso com a proibição de todo o processo.”
“Não se deixe enganar por boatos ou conselhos sem fundamento. Estudar com consciência e estratégia faz toda a diferença”, finaliza a professora.
Siga nas redes sociais: @professoranorelei/
_________
Fonte: JS Assessoria