Assim como a CCXP, o retorno do Unlock CCXP no formato presencial foi muito aguardado pelo público e pelas marcas. Foram três anos de espera e para recompensar, o evento voltou maior para os dois dias com uma programação intensa, dividida em 25 painéis, um total de 42 speakers e mais de 24 horas de conteúdo, que proporcionaram muito aprendizado, insights, novidades e conhecimento para todos que estavam presentes. Nomes importantes do mercado de entretenimento do Brasil e do mundo passaram pelo palco do Unlock CCXP, como Alexandre Gaules, Bruna Marquezine, Antonio Tabet, Andreza Delgado e Pierre Mantovani. A cada conversa finalizada, um novo insight colocava o público frente a frente com reflexões. Entre os destaques da edição de 2022: palestras sobre o mundo do streaming, o futuro dos podcasts, a pesquisa Geek Power, Influência, Collabs, Licenciamento, Narrativas e novas tecnologias e tendências para 2023, assim como colaborações, dados envolvendo o público geek, e o papel dos influenciadores e embaixadores da marca.
Gustavo Giglio, Head of Content for Brands da Omelete Company e curador do Unlock CCXP, comemorou a tão aguardada volta do evento. “Foram dois dias de muito conteúdo e aprendizado. Todos os debates que promovemos foram muito ricos e refletiram sobre as tendências do setor, o que traz enorme valor para quem está aqui conosco. Não estamos falando apenas de hoje, mas trazendo um olhar a longo prazo de como o mercado está caminhando. Voltamos com tudo!”, afirma Giglio.
O dia começou com um debate importante sobre a trajetória dos podcasts. O Brasil é o 3º país que mais consome podcasts no mundo, com mais de 30 milhões de ouvintes. Para conversar sobre os desafios que envolvem a concorrência por uma audiência cada vez mais fragmentada, a sustentabilidade do negócio e demais potenciais desse formato de mídia, o painel “O passado, presente e futuro dos podcasts” reuniu Felipe Solari (comunicador), Juliana Wallauer (co-fundadora da Plataforma Mamilos) e Renata Hilário (co-criadora do podcast Mano a Mano). O debate avaliou movimentos do mercado, meios de tornar rentável o trabalho com podcasts – inclusive sem precisar de monetização -, vantagens e desvantagens de gravar em vídeo e características que um podcast deve apresentar para engajar e manter a fidelidade do público.
Na sequência, o painel “Influencer Economy” trouxe reflexões acerca dos crescentes impactos do marketing de influência na decisão de compra das pessoas, abordando estratégias e atitudes relevantes para ampliar a conexão entre marcas e usuários. Com Gal Barradas (sócia e executiva da powerhouse de Marketing de Influência Spark), Deh Bastos (diretora de Criação e Conteúdo na @PublicisBrasil), Camilota XP (apresentadora de eSports) e Raul Lemos (publicitário), a atividade exemplificou como os mais de 500 mil influenciadores existentes no Brasil colaboram – e podem auxiliar ainda mais – com a área de economia criativa, que já movimenta 3% do PIB nacional. Na opinião dos participantes, é fundamental encarar a criatividade como negócio, compreender que as marcas são feitas por pessoas e valorizar toda a cadeia produtiva que envolve o marketing de influência.
Entretenimento também foi tema do segundo dia no Unlock CCXP. Completando 10 anos em 2022, o Porta dos Fundos marcou presença com Bianca Goulart, Rafael Fortes, Ian SBF, Gustavo Martins e Antonio Tabet, que falaram a respeito do surgimento do programa, identificação do público, relação com a cultura pop, projetos futuros e a importância do humor para tratar de assuntos polêmicos. Com mais de 11 bilhões de visualizações em seus vídeos, o grupo passa hoje por um processo de internacionalização, sobretudo no México e na Polônia. Nesse sentido, os representantes comentaram os desafios de produzir esquetes em outros países, mantendo o DNA do Porta dos Fundos e adicionando elementos locais que façam sentido para as pessoas.
Para finalizar os debates da manhã, a masterclass “Narrativas & Mercado: 5 lições para 2023”, com o roteirista/showrunner Felipe Braga, apresentou dados, hábitos e tendências de consumo relacionados ao entretenimento, salientando que os desafios de conquistar e manter a audiência passam por “entender que o público tem um pé no passado, no presente e no futuro”. Segundo ele, uma nova audiência está sendo construída desde 2013, daí a expansão de conteúdos autorreferenciais, de histórias “que olham para dentro”. Após citar que a TV é o meio preferencial de assistir séries para 83% das pessoas, Braga pontuou que o público abraça novidades e transformações, porém com seus próprios costumes, e que diferentes hábitos de audiência pedem diferentes estruturas narrativas.
No início da tarde, Gian Martinez (co-fundador e CEO da Winnin) esteve à frente da palestra “Mapeamento da comunidade nerd e geek”, compartilhando aprendizados, dicas e insights para as marcas conquistarem o Poder Geek, especialmente a partir da chamada ciência da criatividade. De acordo com ele, as grandes criações vêm do encontro de entender o que está acontecendo de relevante na cultura com as verdades mais únicas dos indivíduos. Nesse sentido, mapear a cultura com o auxílio de dados pode contribuir com o processo criativo das marcas. Martinez frisou que 82% do conteúdo da internet é consumido em formato de vídeo, então ser capaz de criar conteúdo relevante é uma maneira de não estar fora da vida das pessoas. “Marcas que não virarem creators vão competir em desvantagem com creators que viraram marcas”, argumentou.
Famosa por produzir pequenas estatuetas de vinil licenciadas e bobbleheads desde 1998, a estadunidense Funko é referência em termos de figuras colecionáveis da cultura pop. Para comentar cases e o crescimento global da empresa, Jessica Grafstein, representando a Funko, esteve no painel mediado por Marcelo Forlani. Além de mencionar a parceria com a Lucas Film que permitiu a criação de um balão gigante do personagem Grogu (o “Baby Yoda”), exibido em desfile no Dia de Ação de Graças em Nova York, ela também tratou sobre licenciamento, a maior dificuldade encontrada pela companhia para a confecção dos itens. Segundo Jessica, no entanto, quando os fãs manifestam interesse em sites e redes sociais para a produção de determinado personagem, e isso vira quantificável em dados, é mais fácil obter as licenças. “Sonhos podem virar realidade. A estética da Funko é diferenciada, mas o ingrediente secreto é o apoio da nossa comunidade. Levamos os feedbacks a sério e queremos fazer o que os fãs amam”, disse.
Na sequência foi a vez do Case Gaules e a Tribo entrarem para jogo no Unlock CCXP. Com mediação do jornalista Phelipe Siani, a conversa com Gaules, maior streamer brasileiro e um dos maiores do mundo, também teve a participação de Brexe, responsável pelas estratégias de negócios da empresa consolidada em torno do ex-jogador profissional de Counter Strike 1.6, atualmente com 37 pessoas trabalhando em tempo integral. Gaules comentou a mudança na sua carreira a partir da entrada na área de produção de Games da CCXP, frisando o valor de acreditar nos sonhos e correr atrás para realizá-los. “Construir uma comunidade é o que sustenta a nossa ideia, tudo é pensado nas pessoas que fazem parte dela”, disse Gaules, sublinhando a relevância de ousar fazer diferente para o sucesso da marca.
No encerramento dos painéis do segundo e último dia de Unlock, “Uma conversa com Bruna Marquezine”, com a mediação e condução do curador do Unlock CCXP, Gustavo Giglio e Rubia Pria (Head de Brand Communications da PUMA Brasil), trouxe reflexões a respeito de collabs, embaixadores e influencia. Sobre parcerias com marcas, a atriz carioca, que tem despontado cada vez mais internacionalmente, destacou pontos importantes para aceitar um projeto, como a identificação com os valores da empresa e as bandeiras que são levantadas. A conversa mostrou como são realizados processos de aproximação entre influenciadores e marcas, detalhes de campanhas de sucesso e pontos importantes para conseguir engajamento da audiência e ainda lançou a edição especial (exclusiva e limitada) entre a CCXP e a PUMA. Marquezine comentou, ainda, sobre os desafios da exposição e do trabalho no audiovisual e a expressividade da CCXP.
Sobre a Omelete Company
Maior conglomerado dedicado aos fãs de cultura pop do Brasil, a Omelete Company utiliza seu site, redes sociais e parceiros para atingir mensalmente mais de 15 milhões de pessoas ávidas por novidades dos mundos do cinema, séries de TV, games, música e histórias em quadrinhos, com textos, vídeos e posts nas redes sociais. Fazem parte da Omelete Company as marcas Omelete, The Enemy, CCXP, BIG Festival, Gaules e Game XP..
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Fonte: Approach Comunicação