A Operação Gota a Gota São Paulo, deflagrada nesta quinta-feira (9) pela Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz-SP) em parceria com a Polícia Civil, resultou na suspensão de sete inscrições estaduais de empresas suspeitas de comercializar bebidas destiladas adulteradas.
A ação tem como foco coibir fraudes fiscais e práticas que colocam em risco a saúde pública, como o uso de metanol — substância altamente tóxica e proibida para consumo humano.
Resultado da operação
A fiscalização ocorreu em 13 estabelecimentos da capital e da região metropolitana de São Paulo, com sete suspensões de inscrição estadual e uma interdição sanitária.
Com as suspensões, as empresas não podem emitir notas fiscais nem adquirir mercadorias.
Com esta ação, sobe para 15 o número de estabelecimentos suspensos preventivamente em fiscalizações do setor.
A Vigilância Sanitária interditou uma distribuidora no Jardim Maria Estela, por falta de condições adequadas de armazenamento, e o Procon-SP também participou das diligências.
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Objetivo da fiscalização
A Operação Gota a Gota integra a força-tarefa estadual contra bebidas adulteradas com metanol, coordenada pelo Governo de São Paulo por meio de um gabinete de crise que acompanha diariamente os casos.
A Agência SP mantém boletins públicos com atualizações e informações de segurança ao consumidor.
Segundo a Secretaria da Fazenda, o trabalho envolve o cruzamento de dados fiscais e eletrônicos, como NF-e (Nota Fiscal eletrônica), NFC-e (Nota Fiscal do Consumidor eletrônica) e SAT (Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais).
O levantamento identificou indícios de irregularidades em diversas etapas da cadeia de produção e distribuição de bebidas como vodka, uísque, cachaça e gin.
Empresas irregulares e indícios de fraude
Entre as sete empresas suspensas, cinco não foram encontradas nos endereços declarados, o que indica possível uso de notas fiscais frias para simular o transporte de mercadorias irregulares.
Outra foi suspensa por ausência de documentos de aquisição e quadro societário simulado.
Três das seis empresas que não tiveram a inscrição suspensa apresentaram irregularidades fiscais e serão autuadas pela Sefaz-SP.
“Um dos contribuintes afirmou vender bebidas destiladas sem nota. Localizamos possíveis clientes dessas mercadorias, que podem estar comercializando produtos adulterados e contaminados”, explicou o auditor fiscal Eduardo Mendonça, da Secretaria da Fazenda.
Declarações e próximos passos
De acordo com o delegado Renato Vieira da Silva, da 1ª Delegacia de Crimes Contra a Fazenda Pública, a operação continua com novas etapas de análise documental e financeira:
“A próxima fase será o exame detalhado das notas fiscais e das movimentações financeiras das empresas envolvidas. Esses desdobramentos seguem em inquérito policial, e a força-tarefa permanece ativa”, afirmou.
A investigação busca identificar a origem das bebidas adulteradas, rastrear o comércio irregular e responsabilizar os envolvidos em práticas ilícitas.
Locais e participação das equipes
As fiscalizações ocorreram em diversos bairros da capital — Vila Guilherme, Ipiranga, Jardim Maria Estela, Vila Medeiros, Jardim das Rosas, Vila Ema, Vila Prel, Jardim Verônia, Várzea da Barra Funda, Perus, Jardim Adutora (2) — e também em Água Espraiada, no município de Embu das Artes.
Participaram da operação 30 auditores fiscais da Receita Estadual e 40 policiais civis do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
Conclusão e fontes oficiais
A Operação Gota a Gota São Paulo reforça o compromisso do Governo do Estado com a proteção do consumidor, o combate à sonegação fiscal e a prevenção de riscos à saúde pública.
As fiscalizações e investigações seguem em andamento, com novas etapas programadas nas próximas semanas.
Mais informações podem ser acompanhadas pelos canais oficiais:
👉 www.fazenda.sp.gov.br
👉 www.procon.sp.gov.br
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*Com informações: Agência SP