Resultado de mais um compromisso de Santo André na COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), a Prefeitura aderiu ao Mutirão Global Contra o Calor Extremo (Beat the Heat). A iniciativa reúne 185 cidades brasileiras e de outros países para incentivar a implantação de ações de resfriamento sustentável, ou seja, com emissão de baixo carbono, visando mitigar as consequências do calor extremo.
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“Este mutirão que o Brasil propôs como co-coordenador da Aliança Internacional sobre Resfriamento das Cidades é para trazer todos os parceiros juntos para apoiar as cidades no desenvolvimento de programas para reduzir as ilhas de calor e combater os eventos extremos”, disse o secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Maluf.
Santo André é a única cidade do ABC que aderiu ao mutirão. Entre os países participantes, estão Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China e Colômbia. O plano prevê reduzir em 68% a emissão de gases de efeito estufa, um dos agravantes das mudanças climáticas, além de aumentar em 50% a eficiência dos novos aparelhos de ar-condicionado.

Presente no lançamento oficial do Mutirão Global Contra o Calor Extremo, o secretário de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas de Santo André, Edinilson Ferreira dos Santos, explica que o calor extremo se tornou um dos desafios mais urgentes e visíveis da crise climática.
“Esse fenômeno é o que mais mata pessoas em todo o mundo, se comparado a outros eventos climáticos. Por isso, as cidades precisam ter soluções concretas e coordenadas para se adaptar à realidade da elevação da temperatura, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa”, disse.
Segundo estudos, mais de 500 mil pessoas morrem por ano devido ao calor extremo. A população mais vulnerável é de idosos, crianças e pessoas que residem na periferia.
Para promover ações de resfriamento e mitigar os efeitos das ondas de calor, Santo André vem investindo em Soluções Baseadas na Natureza, políticas de agricultura urbana, redução de aterramento de resíduos, ampliação da reciclagem, ações de arborização urbana, uso de energia solar e recuperação de áreas degradadas e proteção de unidades de conservação.
De acordo com o Governo Federal, os compromissos do mutirão envolvem: avaliar a vulnerabilidade ao calor urbano e integrar soluções aos planos climáticos municipais; implementar projetos de resfriamento passivo e Soluções Baseadas na Natureza; adotar tecnologias eficientes de resfriamento em prédios públicos; e promover códigos de construção e energia que aumentem a resiliência urbana, ou seja, normas sustentáveis para as edificações.
Os municípios participantes dessa mobilização global em prol do clima terão apoio técnico para acelerar a implantação de soluções sustentáveis de refrigeração e resiliência das cidades, além de linhas de financiamento de projetos.
O Mutirão Global Contra o Calor Extremo é liderado pela presidência da COP30 e pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
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Fonte: PMSA | Texto: Susi Elena/PMSA
