A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (26), a 4ª fase da Operação Big Mobile para desarticular organizações criminosas envolvidas na receptação de celulares roubados e furtados no estado de São Paulo. As ações se concentram em endereços mapeados por inteligência, a partir da análise de boletins de ocorrência (BOs) que indicam rotas e pontos de destino preferenciais dos aparelhos após o crime.
Segundo a corporação, as equipes iniciaram fiscalizações principalmente em lojas com indícios de comércio de aparelhos sem procedência. O delegado-geral Artur Dian reforçou a importância das informações prestadas pelas vítimas: “Analisamos cada boletim de ocorrência para identificar padrões e os endereços onde esses celulares podem estar sendo direcionados. Assim conseguimos avançar nas investigações e no combate a esse tipo de crime”, disse. Ele também pediu que as denúncias incluam dinâmica do crime, endereços e o número do IMEI (identificação única do celular) para agilizar o rastreio.
Status: a operação está em andamento.
Big Mobile em números
- Fases anteriores: mais de 26 mil celulares sem procedência apreendidos em todo o estado.
- 4ª fase (em curso): foco em pontos de receptação, comércio irregular e elos de logística que alimentam o mercado clandestino.
Inteligência e alvos prioritários
Como o mapeamento funciona
- Leitura de BOs: identificação de padrões de ocorrência (local, horário, modus operandi).
- Cruzamento de dados: endereços e rotas frequentes para onde aparelhos são levados após o crime.
- Fiscalizações in loco: lojas e oficinas com indícios de revenda ou desmanche eletrônico.
O papel do IMEI
O IMEI é crucial para vincular o aparelho à vítima e dificultar a revenda. A orientação é manter o número guardado e informá-lo no BO.
Dica rápida: o IMEI aparece na caixa do celular, na nota fiscal e pode ser visualizado digitando *#06# no aparelho (quando possível).
SP Mobile: integração e resultados
O que é o SP Mobile
Plataforma estadual que integra prevenção e repressão a furto e roubo de celulares, conectando fluxos de denúncia, análise e ação policial.
Resultados recentes
- Mais de 11 mil celulares recuperados em cinco meses, após a expansão do projeto para todo o estado.
- As recuperações ocorreram por meio de comparecimentos, buscas e ações conjuntas das Polícias Civil e Militar contra estabelecimentos e pontos de receptação.
Como a população pode ajudar
- Registre o BO rapidamente e informe o IMEI.
- Detalhe a dinâmica (local, horário, descrição de suspeitos e veículo de fuga, se houver).
- Evite comprar aparelhos sem nota fiscal e garantia — além de crime, alimenta o ciclo de receptação.
- Comunique à polícia qualquer anúncio suspeito ou ponto de venda de celulares sem procedência.
Cadeia do crime: do furto à revenda
A Polícia Civil aponta que a receptação é o elo que sustenta o mercado clandestino. A Big Mobile atua em toda a cadeia:
- Pontos de coleta e “resfriamento” do aparelho.
- Oficinas de desbloqueio, adulteração ou troca de placas.
- Revenda em lojas físicas e anúncios digitais de aparelhos “sem histórico”.
Reforço institucional: “Assim conseguimos avançar nas investigações e no combate a esse tipo de crime”, destacou Artur Dian, ao pedir que denúncias detalhadas cheguem com endereço e IMEI.
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*Com informações: Agência SP
