O ano de 2026 será marcado por um calendário extenso de feriados nacionais, cenário que tende a impactar diretamente o desempenho dos bares e restaurantes da Região. Como única entidade que representa o setor nas sete cidades, o Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) alerta que os empresários precisam se preparar com antecedência para evitar prejuízos.
Serão 10 feriados nacionais, o mesmo número de 2025. A diferença é que nove deles cairão em dias úteis, principalmente às segundas e sextas-feiras, o que ampliará o número de feriadões e tende a alterar o comportamento do consumidor.
Segundo o sindicato patronal, o planejamento antecipado se torna ainda mais estratégico para que o empresário possa decidir, com segurança, se compensa abrir ou fechar em cada feriado, ajustando equipe e custos.
O presidente do Sehal, Beto Moreira, afirma que 2026 exigirá atenção redobrada, mas também pode ser um ano de oportunidades. Com planejamento, organização e cumprimento da convenção coletiva, bares e restaurantes conseguem operar de forma segura e eficiente, mesmo em um calendário repleto de feriados.
Mais feriadões
A avaliação jurídica do Sehal, conduzida pelos advogados Denise Tonelotto e João Manoel Pinto Neto, reforça que o empresário não precisa fechar as portas e nem assumir um custo inviável para operar nesses dias. Isso porque a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, negociada pelo sindicato, já estabelece uma regra clara: o empregado pode trabalhar no feriado, desde que receba uma folga extra na mesma semana, além do descanso semanal já garantido por lei.
“Usando a regra da convenção coletiva, um feriado trabalhado equivale a uma folga extra na semana. Organizando bem as escalas, é possível manter o negócio funcionando e reduzir o risco de ação trabalhista depois”, explica Denise.
Como aplicar corretamente a regra da compensação
– O estabelecimento pode funcionar normalmente. Quem trabalha no feriado recebe, nesta mesma semana:
– 1 dia de descanso semanal normal
– 1 folga extra exclusiva pela compensação do feriado
“Assim, evita-se o pagamento em dobro, desde que a folga compensatória seja concedida de forma correta”, explicam os advogados.
Planejamento antecipado das escalas
Montar desde já um calendário de feriados de 2026, definindo:
– Quais equipes trabalharão em cada feriado
– Quais serão os dias de folga extra correspondentes
“Ou seja, um sistema de rodízio para que a carga seja distribuída, evitando sempre os mesmos colaboradores nos feriados de maior movimento”, acrescenta Dra. Denise.
– Nada de misturar folga semanal com folga compensatória
– A compensação do feriado não substitui a folga semanal obrigatória
– Misturar as duas gera passivo trabalhista, já que são direitos distintos
Formalização mínima para evitar riscos futuros
– Escalas por escrito
– Ciência e assinatura dos empregados
– Controle de ponto coerente com os dias trabalhados e as folgas concedidas
“Esse registro comprova que o feriado foi trabalhado e que a folga compensatória foi devidamente dada na mesma semana, ponto essencial em eventual fiscalização ou disputa judicial”, acrescenta Dr. João Manoel.
Sobre o Sehal
Fundado em 12 de julho de 1943, o sindicato é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivo apoiar os empresários do setor de hospedagem e alimentação reciclando conhecimento em várias áreas. É também considerado um dos sindicatos patronais mais atuantes do Brasil em razão das diversas conquistas e expansão no número de associados.
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Fonte: ATUAL IMAGEM COMUNICAÇÃO
