A equipe do Sabres de basquete em cadeira de rodas, que integra o projeto esportivo do IBISC (Instituto Brasileiro de Inclusão Sociocultural), encerrou a temporada 2025 com um resultado expressivo: a sétima colocação no Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, disputado em Niterói-RJ, garantindo a permanência na competição nacional logo em sua primeira participação. E o principal: mostrando o potencial do projeto.
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O Sabres integrou aquela que foi considerada internamente como a “chave da morte” da competição nacional. Nela estava, por exemplo, o time que viria a ser o campeão (ADAP Aparecidense-GO), o que evidencia o grau de dificuldade da campanha.
Além dos desafios dentro de quadra, a equipe lidou com adversidades tanto estruturais durante a preparação, como a falta de um local fixo para treinamentos, quanto no plantel, desfalcado de última hora de um de seus principais jogadores.
Mesmo diante desse cenário, o Sabres demonstrou competitividade e superação. Para o técnico Mozart Vasconcellos, o resultado projeta um potencial de crescimento do projeto.
“Dentro das circunstâncias que tivemos, como a falta de quadra e a ausência de um de nossos atletas fundamentais por questões familiares, o desempenho foi dentro do esperado. Estávamos em uma chave extremamente difícil, com equipes que chegaram às primeiras colocações do campeonato, e conseguimos bater de frente. Isso mostra a força do grupo e o potencial do projeto”, destacou o treinador.
Mozart também ressaltou o caráter formativo da participação no Brasileiro e os próximos passos da equipe. “O aprendizado é contínuo. Já temos atletas interessados em seguir no alto rendimento, mas o principal objetivo do projeto ainda é a iniciação e a fomentação do basquete paralímpico. Vamos passar por um processo de reformulação, avaliar quem segue e buscar novos talentos. O mais importante é que garantimos a permanência na Segunda Divisão, que é um campeonato dificílimo”.
O CEO do IBISC, Vlademir Pereira da Silva, reforçou a importância do Sabres como ferramenta de inclusão social e desenvolvimento humano por meio do esporte paralímpico.
“O Sabres representa exatamente o propósito do IBISC, que é promover inclusão, dignidade e oportunidades por meio do esporte. A permanência na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, logo na primeira participação, mostra que estamos no caminho certo, mesmo enfrentando limitações estruturais. Mais do que resultados esportivos, esse projeto transforma vidas, fortalece o movimento paralímpico e amplia o acesso de pessoas com deficiência ao esporte de alto rendimento”.
O treinador projetou a próxima temporada com expectativa positiva. Em 2026, a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro contará com 16 equipes e será disputada em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CPB), o que deve proporcionar melhores condições de preparação.
“O fato de o campeonato ser em São Paulo, no CPB, onde treinamos, nos dá uma perspectiva melhor de estrutura e treinamento. Isso certamente vai refletir no rendimento da equipe e no desenvolvimento dos atletas”.
Com a permanência garantida, o Sabres encerra a temporada 2025 consolidando seu nome no cenário nacional do basquete em cadeira de rodas e reforçando o papel do esporte como instrumento de inclusão sociocultural, alinhado aos valores do IBISC.
