A construção das primeiras usinas do parque público fotovoltaico de Santo André, uma das principais obras em andamento na cidade, segue avançando. Do total de quatro unidades previstas, duas estão em obras, uma localizada na Avenida dos Estados e outra no Jardim Las Vegas.
Nesta terça-feira (5), o prefeito Paulo Serra acompanhou as obras da usina José Marçon, localizada no Jardim Las Vegas. Nos próximos meses o equipamento será entregue e então estará apto para gerar energia limpa e renovável, proporcionando economia aos cofres públicos andreenses e benefícios ao meio ambiente.
“Quando as obras tiverem sido finalizadas, vamos ficar dependendo apenas da concessionária para ligar e colocar as usinas em funcionamento. Vamos produzir energia e a concessionária precisa conectar esse sistema que estamos construindo com a rede, para que possa gerar os créditos à Prefeitura”, explicou o prefeito Paulo Serra.
Na companhia do secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos Vitor Mazzetti Filho, o chefe do Paço de Santo André ressaltou a importância do projeto do parque fotovoltaico, que tem uma primeira fase já aprovada para construção de quatro usinas (além desta no Jardim Las Vegas, com 1.764 painéis solares, há uma em obras na Avenida dos Estados, com 2.352, e outras duas na região do aterro sanitário, na Cidade São Jorge, que somadas acrescentarão 4.704 painéis ao parque fotovoltaico) no valor de aproximadamente R$ 41 milhões – recursos oriundos do Fundo de Iluminação Pública da cidade.
De acordo com Vitor Mazzetti Filho, existe um planejamento para que o investimento realizado para construção desse parque público fotovoltaico seja revertido em recursos para o município. “O prazo de ‘payback’, que é o tempo para recuperar os R$ 40 milhões que estamos investindo, é em torno de 7,4 anos. A partir daí, a usina começa a gerar benefícios financeiros que, ao longo do ciclo de vida dela, vai bater mais de R$ 138 milhões”, explicou o secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos.
Paulo Serra destacou ainda o pioneirismo de Santo André em uma ação voltada à sustentabilidade, que inclusive já fez a cidade ser premiada. “Nosso projeto corresponde ao maior parque público fotovoltaico do Brasil. É um projeto pioneiro. Santo André saiu na frente no Estado de São Paulo. São poucas no Brasil com essa capacidade. Tivemos aqui junção de três boas práticas: áreas públicas ociosas disponíveis, boa gestão da iluminação pública e do fundo de iluminação pública – a cidade tem quase 70% de LED, então tem fundo que permite outros investimentos – e a conexão com a agenda sustentável”, declarou o prefeito.
“Santo André tem planejamento de longo prazo conectado com os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU e tem investido muito em energia limpa e sustentabilidade. E aqui é um bom exemplo que envolver também questão econômica, porque vai baratear o custo de energia para nossa cidade. Vamos gerar créditos a partir daqui e a Prefeitura vai passar a pagar menos, bem como o morador e a moradora também a partir da Contribuição de Iluminação Pública”, concluiu Paulo Serra.
Demais unidades – As outras duas usinas, na região da Cidade São Jorge, integram a segunda etapa da primeira fase, seguirão os moldes das que já estão sendo construídas e atendem justamente às boas práticas ressaltadas pelo prefeito Paulo Serra. “Trata-se de área que tem passivo ambiental, é contaminada em razão da disposição de lixo, porque era área de lixão anterior ao aterro sanitário moderno de Santo André”, finalizou Vitor Mazzetti Filho.
A energia elétrica gerada no conjunto de usinas será disponibilizada para a Enel. Em troca, a concessionária vai fornecer para a cidade créditos que serão utilizados para reduzir o valor da conta de luz de prédios públicos.
A vida útil plena estimada para as usinas fotovoltaicas é de 30 anos. A área total das quatro unidades somadas será de 56 mil metros quadrados, enquanto a área de placas construídas será de 22.614 metros quadrados.
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Fonte: PMSA | Texto: Dérek Bittencourt/PMSA
