
Origem familiar é um dos principais fatores associados à doença em pacientes com menos idade.
A preocupação com o câncer de mama costuma começar na vida das mulheres brasileiras a partir dos 40 anos, quando a mamografia passa a ser um exame de necessidade anual. É o que recomenda a Sociedade Brasileira de Mastologia. Há,ainda, quem comece a se preocupar somente aos 50 anos, idade considerada de risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No entanto, a doença tem sido diagnosticada cada vez mais em mulheres mais jovens. Especialistas explicam que vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como histórico familiar ou determinados hábitos comportamentais.
O câncer de mama de origem hereditária representa de 5% a 10% dos casos da doença no país. O oncologista Ramon Andrade de Mello, Doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Universidade do Porto, Portugal, e Ex-Fellow do RoyalMarsden Hospital, Londres, Reino Unido, explica que a hereditariedade é um dos principais fatores associados diretamente ao câncer de mama em mulheres jovens. “Isso acontece devido a alterações genéticas (mutações ou metilações)que afetam mecanismos de replicação do DNA,sendo passada de geração em geração.Então se houver uma pessoa portadora de uma mutação,as chances dos familiares herdarem podem ser em torno de 50%”, explica o especialista.
A dificuldade no diagnóstico do câncer de mama em pacientes com menos idade também é um problema. Segundo o oncologista, o tecido mamário nas mulheres jovens é mais denso, o que dificulta a identificação de nódulos. “Muitas vezes quando a doença é diagnosticada, ela já está em estágio avançado”, afirma. Além disso, o câncer de mama em mulheres jovens pode ser agressivo e menos propenso a responder ao tratamento.
Diagnóstico
Ramon reitera que o diagnóstico precoce é fundamental no tratamento contra qualquer tipo de câncer. Com o de mama, o autoexame é de extrema importância para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba qualquer alteração nas mamas para, dessa forma, procurar um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biopsia quando indicados, que podem definir o tipo de câncer e a localização dele.
Fonte: via assessoria