O ministro Alexandre Padilha confirmou que recebeu o visto norte-americano necessário para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para a próxima semana em Nova York. Em coletiva de imprensa em Brasília, ele destacou que a concessão é uma obrigação de um país-sede de organismos internacionais.
Padilha acompanhará a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos Estados Unidos, em meio a um período de tensão diplomática entre os governos brasileiro e norte-americano, intensificada após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro também foi convidado para a conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que será realizada em setembro em Washington.
Contexto: cancelamentos anteriores
Em agosto, os vistos da esposa e da filha de 10 anos de Padilha foram cancelados pelo governo norte-americano, apesar de o ministro estar com seu visto já vencido desde 2024.
Na mesma ocasião, o Departamento de Estado dos EUA revogou vistos de integrantes do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos:
- Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde;
- Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da Saúde e atual coordenador-geral da COP30.
Segundo o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, os servidores teriam colaborado para um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do programa Mais Médicos.