Durante a noite desta quarta-feira em Londres, a cantora Anitta participou de uma cerimônia da organização Liberatum dedicada ao Cacique brasileiro Raoni Metuktire, uma das maiores e mais influentes lideranças indígenas do planeta. Anitta foi a única brasileira convidada a participar do evento, fez um discurso poderoso sobre a importância de Raoni para a preservação da natureza e da cultura indígena brasileira e entregou nas mãos do Cacique um presente simbólico em nome da Liberatum.
“Como brasileira, é uma honra fazer parte de um momento tão importante e único para o Cacique Raoni. É essencial que mais países e líderes globais se alinhem à preservação do meio ambiente e dos povos indígenas, que são os verdadeiros guardiões da floresta. Reconhecer a liderança do Cacique é, por si só, um compromisso com essa causa“, afirma Anitta.
A celebração contou com homenagens de importantes personalidades internacionais das artes, do ativismo e da diplomacia. Os coanfitriões do Prêmio Cultural Liberatum incluiram Anitta (cantora e ativista brasileira, indicada ao Grammy), Martin Scorsese (diretor vencedor do Oscar), Benedict Cumberbatch (ator vencedor do Oscar e do BAFTA), Sharon Stone (atriz e artista vencedora do Globo de Ouro), Pierce Brosnan (ator), Chioma Nnadi (editora-chefe da British Vogue), Bianca Jagger (ativista), Johan Eliasch (filantropo), Paris Jackson (modelo e atriz), Rossy de Palma (atriz espanhola e Embaixadora da UNESCO para Diversidade Cultural), Trudie Styler (produtora de cinema), Zac Goldsmith (ambientalista) e Baronesa Young of Hornsey.
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Líder indígena de 93 anos do povo Kayapó, viajou ao Reino Unido para receber o 13º Prêmio Cultural Liberatum, durante uma cerimônia especial em Londres.
Um dos mais respeitados porta-vozes indígenas do mundo, o Cacique Raoni dedica há mais de cinco décadas sua vida à proteção da Floresta Amazônica e aos direitos dos povos originários. Seu reconhecimento pelo Liberatum ocorre em um momento decisivo para o planeta, apenas duas semanas antes da COP30, que acontecerá no Brasil, no coração da Amazônia, onde o líder desempenhará um papel fundamental.
“Minha missão sempre foi proteger a floresta e defender meu povo. Desde jovem, viajei o mundo levando essa mensagem e, agora, aos 93 anos, continuo firme nesse caminho. Esta viagem a Londres faz parte dessa missão. Recebo esta homenagem com gratidão, mas também com urgência. A Amazônia está sob ameaça, e meu povo precisa de apoio para continuar cuidando da nossa terra. Estamos lançando o Fundo Legado Cacique Raoni para garantir que essa luta continue, mesmo quando eu não estiver mais aqui. Convido todos vocês a se unirem a nós. O momento é agora. Sem a floresta, não há futuro“, afirma Cacique Raoni Metuktire.
O Cacique Raoni é reconhecido por seu impacto extraordinário na consciência global, na preservação da cultura indígena e na proteção ambiental. O Prêmio Cultural Liberatum homenageia indivíduos notáveis cujo trabalho de vida transcende fronteiras e inspira mudanças globais. O Cacique é uma figura duradoura de liderança moral, resiliência e preservação cultural. Crescendo no nordeste do Brasil, sempre senti uma conexão profunda com nossa terra e nosso povo. É uma honra poder amplificar a mensagem do Cacique Raoni para que alcance o mundo. Esta cerimônia em Londres é um lembrete de que proteger a Amazônia e suas comunidades indígenas deve ser uma prioridade global, afirmou Pablo Ganguli, fundador do Liberatum.
Membro do povo Mebêngôkre, conhecido mundialmente como Kayapó, o Cacique Raoni ganhou destaque internacional no final da década de 1980 ao lado do músico e ativista Sting. Desde então, tornou-se uma das vozes mais respeitadas na luta contra o desmatamento e pela defesa dos direitos indígenas, tendo se reunido com chefes de Estado e discursado nas Nações Unidas.
A missão do Liberatum é apresentar ao público mundial programas de excelência, com grandes nomes e líderes culturais que promovem mudança social, liberdade de expressão e consciência global sobre questões que afetam a humanidade. Seu objetivo é servir como catalisador de intercâmbio cultural e progresso social, usando o poder da criatividade para construir um mundo mais inclusivo e empático.
Entre os participantes, homenageados e colaboradores do Liberatum ao longo dos anos estão:
Rainha Elizabeth II, Sir David Attenborough, Nicole Kidman, Cher, Viola Davis, Mark Ruffalo, Pelé, Hilary Swank, Angela Bassett, Dame Vivienne Westwood, Morgan Freeman, Noam Chomsky, Francis Ford Coppola, Gore Vidal, Tilda Swinton, Michael Douglas, Frank Gehry, David Hockney, Wole Soyinka, Sir V. S. Naipaul, Tawakkol Karman, Zoe Saldana, Susan Sarandon e Pharrell Williams, entre muitos outros.
Este evento histórico reafirma o compromisso contínuo do Liberatum com o ativismo cultural e com a promoção de um diálogo global entre arte, direitos humanos e meio ambiente. É, ao mesmo tempo, uma celebração de uma vida extraordinária e um poderoso chamado à ação — colocando a liderança e sabedoria indígenas no centro da luta pelo futuro compartilhado do planeta.
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Fonte: BPM Com.