As escolas municipais de Educação Infantil de São Caetano do Sul promoveram, nesta sexta-feira (28/3), uma avaliação coletiva dos indicadores de qualidade, reunindo direção, funcionários e famílias para refletir sobre os principais eixos da política educacional do município.
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Na EMI Maria Simonetti Thomé, localizada no Bairro Cerâmica, o encontro ocupou toda a manhã e envolveu uma análise detalhada das atividades educacionais. No total, foram respondidas 206 perguntas distribuídas em nove eixos: planejamento e gestão escolar, atenção e inclusão de alunos com deficiência, incentivo à leitura, segurança, estrutura física, organização, acolhimento, além de ações étnico-raciais, de gênero e de combate ao preconceito.
Michelle Deranian, diretora da unidade, destacou a importância do momento.
“É um momento muito importante, em que todos se debruçam para avaliar a escola como um todo. A escola é feita por todos, pais, mães, crianças e funcionários, e esse envolvimento é fundamental para ter a gente um cenário real de como está a escola e para onde temos que ir. As famílias são nossos termômetros.”
Avaliação em duas fases
A dinâmica da avaliação foi dividida em duas etapas. Primeiro, os participantes foram distribuídos entre os nove eixos temáticos, debatendo item por item. Em seguida, os relatórios de cada grupo foram compartilhados com os demais, e os pontos de divergência foram debatidos coletivamente até se chegar a um consenso.
“Agora, depois dessa avaliação geral, vamos analisar com profundidade. Os itens que necessitarem de melhorias, vamos nos debruçar, elaborar ações e construí-las para implementá-las. As ações que receberam destaque positivo, nós também vamos analisar, porque sempre é possível aprimorar”, explicou Michelle.
“É essencial que cada vez mais famílias possam participar deste momento, para que possamos fazer uma escola cada vez melhor para nossas crianças.”
Participação ativa das famílias
Para muitas mães, o momento foi de aproximação com a escola e descoberta sobre os bastidores da rotina educacional. Fernanda Santos, moradora do Bairro Santa Paula e mãe de Isaac, participou pela primeira vez e se surpreendeu com a profundidade da discussão.
“Estou surpresa com a quantidade de assuntos abordados. A gente consegue discutir item a item e, depois, numa dimensão maior, discutimos cada detalhe da escola, o que precisa ser melhorado, o que está bom, o que precisa ser reavaliado. Participar é entender que a escola é muito além do que nós, mães, imaginamos.”
Ela ainda comentou:
“Aqui, as famílias passam a ter visão diferente dos educadores e da escola. Se ficamos distantes, temos uma visão superficial do que acontece. Por isso temos que estar mais presentes. Afinal, nossos filhos estão aqui no dia a dia, passam mais tempo aqui do que com a gente.”
Escuta ativa entre comunidade e poder público
Alessandra Rodrigues Silveira, moradora do Centro e mãe de Benício, também participou e destacou a relevância desse processo de escuta para o aperfeiçoamento da rede municipal.
“Sabemos que há melhorias que precisam ser feitas e o governo, assim como nós, pais, precisa participar e atuar em prol da criança. Estar aqui é importante para a gente saber o que acontece com as crianças, com os nossos filhos, e sabemos como os profissionais estão se aperfeiçoando para acompanhar o crescimento deles.”
A escuta ativa, o diálogo e o envolvimento da comunidade escolar reforçam o compromisso de São Caetano com uma educação participativa e em constante aprimoramento.
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*Com informações: PMSCS