O mês de junho é dedicado à conscientização sobre o câncer de rim, uma neoplasia que embora não esteja entre as mais incidentes, exige atenção especial devido ao seu caráter silencioso. Quando detectada nas fases iniciais, as chances de cura chegam a 90%.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de rim representa 3% dos tumores malignos urológicos e, entre os anos de 2021 e 2024, a patologia levou a óbito mais de 12 mil pessoas no Brasil. A doença é mais comum entre os homens a partir dos 50 anos de idade.
Os rins exercem funções vitais ao organismo, como filtrar toxinas e resíduos, regular o equilíbrio hídrico e de eletrólitos, controlar a pressão arterial, estimular a produção de células sanguíneas e participar da ativação da vitamina D.

O principal fator de risco da doença, segundo o urologista Karlo Danilson de Moraes Sousa, do Hospital Santa Casa de Mauá, é o tabagismo, que pode dobrar a probabilidade de desenvolvimento do câncer renal. “É uma patologia silenciosa. Na maioria das vezes, os sintomas só aparecem quando a doença já está em estágio avançado. Por isso, os exames de rotina são fundamentais para o diagnóstico precoce e a cura”, ressalta o especialista.
O subtipo mais comum é o carcinoma de células renais e entre os outros tipos estão o carcinoma de células transicionais e o tumor de Wilms – mais comum na infância.
Entre os sintomas que merecem atenção estão a presença de sangue na urina (hematúria), dor lombar ou na região lateral das costas, massa abdominal palpável, inchaço nos membros inferiores, perda de peso sem causa aparente, sudorese noturna, fadiga, anemia e febre persistente. “É importante reforçar que esses sintomas, na maioria das vezes, indicam doença já avançada ou com metástases”, reforça o urologista Karlo Danilson de Moraes Sousa.
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Além do tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão arterial sistêmica, hereditariedade, exposição a substâncias químicas e a síndrome de von Hippel-Lindau – uma condição genética rara que provoca o desenvolvimento de tumores benignos e malignos – são outros fatores que podem desencadear a doença e merecem controle.
Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito por acaso durante exames de rotina. A confirmação do câncer de rim requer avaliação complementar por meio de exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, além de análises laboratoriais, e em alguns casos, biópsia renal.
O tratamento é individualizado e depende das condições de saúde do paciente, do tipo e do estágio da doença. Entre as intervenções mais comuns estão medicamentos, radioterapia, imunoterapia, cirurgia ou a retirada do órgão.
“A adoção de hábitos saudáveis é uma medida importante de prevenção não só contra o câncer de rim, mas também contra diversas outras doenças. Manter o peso adequado, adotar uma alimentação equilibrada, não fumar, controlar a pressão arterial e evitar exposição a produtos químicos são medidas fundamentais”, completa o urologista Karlo Danilson de Moraes Sousa.
O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis – Mauá – fone (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/ .
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Fonte: MP & Rossi Comunicações