Balão: nem sempre cai mão é o tema da Campanha deste ano, promovida pelo Comitê de
Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC) e pelo Plano de Auxílio Mútuo (PAM
Capuava) com o objetivo de alertar sobre os perigos de soltar balões.
A ideia do slogan de 2025 é quebrar o paradigma de que o balão ainda deva fazer parte das
comemorações juninas. Desde criança, se aprende com a música “cai, cai balão”, e mesmo
sendo parte do imaginário infantil, é preciso que a sociedade entenda que o perigo é muito
maior que a beleza de ver um balão no céu, seja qual for a homenagem que o artefato esteja
representando.
No início deste ano, as estatísticas foram assustadoras. Somente no mês de fevereiro, seis
balões caíram em áreas industriais do Polo Petroquímico, alguns ainda em chamas.
É importante frisar que o número de balões soltos na região é muito maior, pois o dado acima
é relativo à mensuração realizada pelo PAM, que registra a queda de balões dentro das
empresas pertencentes ao grupo de brigadistas, de onde sai o balanço anual. Em 2024, um
total de 44 balões foram registrados, sendo a metade nos meses de junho e julho.
“Infelizmente, espera-se que o número de balões tenda a aumentar com relação ao mês de
fevereiro – que já espantoso, porque, além da festa junina, há a Copa do Mundo de Clubes, o
que estimula os grupos a soltarem mais balões”, comenta Valdemar Conti, coordenador do
PAM Capuava.
Os brigadistas das empresas que participam do PAM Capuava recebem treinamentos
regulares de segurança para agir rapidamente em casos de emergências envolvendo quedas
de balões no Polo. “Os profissionais vigiam o céu 24h por dia. Caso algum balão seja avistado
ou esteja próximo de cair em uma das empresas, utilizamos um sistema exclusivo de
comunicação do PAM, para informar a todos pelo rádio e buscar abater o artefato ou
interceptá-los por canhões com jatos de água ou extintores, evitando acidentes e incêndios”,
destaca Conti.
Para o gerente executivo do COFIP ABC, Francisco Ruiz, o trabalho do PAM é importante
dentro das empresas, mas dos muros para fora é a comunidade e o poder público que
devem apoiar esta causa. “A campanha, que realizamos desde 2015, visa conscientizar
crianças e adultos de que o balão é um perigo mortal e causa destruição e morte”, destaca
Ruiz.
O perigo está além da tocha. As chamadas “lanterninhas” que ficam presas abaixo do balão,
podem se desprender e caírem na área industrial do Polo, em casas, escolas, hospitais,
florestas e parques, colocando em risco a vida de pessoas e animais. Além disso, os balões
podem colidir com aeronaves, como já visto em anos anteriores, próximos a aeroportos.
A campanha Balão: nem sempre cai na mão é divulgada nas redes sociais do COFIP ABC e
trabalha também na distribuição de folheto informativo nas escolas da rede municipal e
estadual da região, com o apoio das Defesas Civis de Mauá, Santo André, Ribeirão Pires e Rio
Grande da Serra; do SAMU de Mauá e Santo André, do Departamento de Trânsito de Mauá e
Santo André e do Corpo de Bombeiros, além das empresas associadas do PAM Capuava e
COFIP ABC.
A fabricação, comercialização, transporte ou liberação de balões são consideradas condutas
delitivas, sujeitas a penalidades que podem resultar em até três anos de detenção, conforme
prevê a lei federal 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). Denuncie 181 ou acione a Polícia pelo
190.
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Fonte: COFIP ABC