Vereadora e única mulher eleita em Santo André diz que simples gesto salva vidas e deve ser conhecido por toda a sociedade
Desenhar um “X” vermelho na palma da mão ou até mesmo em um papel. Um gesto simples que pode proteger a vida de mulheres e que precisa ser divulgado. É com esse objetivo que a vereadora Dra. Ana Veterinária (DEM) protocolou na Câmara, Indicação ao prefeito Paulo Serra para que a Prefeitura de Santo André faça ampla ação de comunicação divulgando a campanha Sinal Vermelho, de combate a Violência Doméstica.
A campanha Sinal Vermelho possibilita que vítimas de violência doméstica e que não tenham coragem ou condições de denunciar, normalmente devido ao cárcere privado ou ameaças de morte, desenhem um “X” vermelho na palma da mão e exiba a atendentes, servidores em geral e pessoas comuns.
“Minha proposta é que a prefeitura faça ampla divulgação da campanha nos prédios públicos municipais com cartazes, folders e banners, nas redes sociais do Executivo, em outdoors e veículos de comunicação. A população tomando conhecimento poderá, ao se deparar com uma situação dessa, tomar medidas de prontidão acionando órgãos e autoridades competentes”, explica a Dra. Ana Veterinária.
Ainda segundo a vereadora, ao mesmo tempo que a sociedade, vítimas desse crime podem conhecer um novo canal de denúncia, seguro e discreto. Direcionada para mulheres, a campanha de divulgação pode chegar a outras vítimas como idosos, adolescentes e pessoas em situação de grave vulnerabilidade, tornando-se importante ferramenta no combate a violência doméstica.
Alguns casos
Lançada no ano passado, a campanha Sinal Vermelho já contabiliza casos onde vítimas ou pessoas próximas fizeram a denúncia desenhando o “X” na palma da mão ou em um pedaço de papel. Um jovem de 22 anos foi preso em Santarém (PA) após a mãe da sua companheira, uma menor, denunciar em uma farmácia as agressões sofridas.
“No dia 1º de março agora, no Distrito Federal, uma mulher de 27 anos e com dois filhos pequenos foi sacar o benefício do Bolsa Família e fez a denúncia ao bancário, aproveitando-se de que na pandemia apenas uma pessoa pode adentrar a agência. O funcionário anotou o endereço da mulher e posteriormente a polícia foi até o local e constatou que a mesma vivia presa em casa, só podendo sair uma vez por mês, justamente para receber o benefício”, conta a vereadora.
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Fonte: Assessoria de imprensa