O dólar comercial fechou em queda nesta terça-feira (29), vendido a R$ 5,569, recuo de 0,38% (-R$ 0,021). Apesar da desvalorização, a moeda norte-americana segue acima de R$ 5,55, após ter atingido a mínima do dia próximo desse patamar por volta das 13h.
A queda ocorreu em um pregão de ajustes técnicos e expectativas em torno da reunião do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, que acontecem nesta semana.
No acumulado de julho, o dólar ainda registra alta de 2,48%, mas recua 9,88% no acumulado de 2025. O euro comercial também caiu, fechando em R$ 6,43, queda de 0,73%, reflexo direto do recente acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Bolsa reage e interrompe sequência de quedas
Após três pregões consecutivos de baixa, o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia em alta de 0,45%, aos 132.726 pontos. A recuperação foi impulsionada por um movimento de compra de ações descontadas e realização de lucros com a alta recente do dólar.
Tarifaço nos EUA: possível alívio para commodities brasileiras
O mercado também reagiu à fala do secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, que indicou a possibilidade de exclusão de produtos não cultivados no território norte-americano, como café e cacau, do aumento tarifário previsto pelo governo norte-americano.
O Brasil, um dos maiores exportadores de café para os EUA, poderia ser beneficiado diretamente com essa decisão, reduzindo preocupações em torno das exportações agrícolas.
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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil