
Os trabalhadores do Metrô de São Paulo decidiram em assembleia, realizada na quarta-feira, 22, iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da 0h desta quinta-feira, 23. Com isso, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho) não vão funcionar na capital paulista, sem previsão de retorno. Ja as linhas. As Linhas 4-Amarela e 5-Lilás, operadas pela iniciativa privada, devem circular normalmente. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos durante todo o dia de quinta-feira para minimizar os impactos da paralisação na mobilidade da cidade.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, está o fim das privatizações e terceirizações, a contratação de novos servidores por concurso público para ampliar o quadro de funcionários e o pagamento do abono referente à participação nos resultados e lucros (PRL) que não foi repassado aos trabalhadores entre 2020 e 2022. Segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, Alex Fernandes, a empresa alega não ter fluxo de caixa para fazer o pagamento, mas o sindicato afirma que é uma dívida que a empresa tem com a categoria e que o governo tem recursos para cobrir esses custos.
Alex Fernandes ainda cita que a ViaQuatro, empresa privada que administra a Linha 4-Amarela, recebe R$ 6,32 por passagem, que custa R$ 4,40, gerando um excedente de R$ 1,92 por passagem. Segundo ele, o governo tem recursos disponíveis e a falta de pagamento aos trabalhadores é uma política do governador Tarcísio. A categoria aguarda uma negociação com o governo para discutir as exigências e encerrar a greve.
Lançado o desafio
O sindicato dos metroviários de São Paulo lançou um desafio ao governador Tarcísio e à direção do Metrô. Em comunicado, pediram a liberação das catracas para que a população não seja prejudicada durante a greve dos trabalhadores. O sindicato afirmou que, caso as catracas sejam liberadas e a medida seja aprovada em votação da assembleia, assumirão os postos de trabalho para garantir o transporte da população.