Num dia de ganhos para os ativos brasileiros, a bolsa de valores registrou um avanço de quase 3%, atingindo o maior nível desde dezembro. O dólar comercial apresentou a nona queda consecutiva, alcançando o menor valor em mais de dois meses.
O Ibovespa, principal índice da B3, fechou esta quinta-feira (30) em 126.913 pontos, com uma alta de 2,82%. O avanço foi impulsionado por ações do setor de consumo, influenciado pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que não deu pistas sobre o rumo da Taxa Selic na próxima reunião de março.
A possibilidade de que o Banco Central aumente os juros em um ritmo menor animou o mercado, já que taxas mais baixas estimulam a migração de investimentos da renda fixa para a bolsa de valores.
No mercado de câmbio, o dia também foi de alívio. O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 5,852, registrando uma queda de R$ 0,014 (-0,24%). A moeda norte-americana iniciou o dia em alta, atingindo R$ 5,93 por volta das 9h15, mas reverteu a tendência e recuou. No acumulado de janeiro, o dólar caiu 5,27%.
Diferentemente dos últimos dias, em que as notícias sobre o governo de Donald Trump impactavam o mercado, o cenário internacional teve pouca influência na bolsa brasileira. O novo presidente dos Estados Unidos reafirmou a intenção de aplicar uma tarifa de 25% sobre importações do México e do Canadá, mas essa ameaça não teve reflexo significativo no mercado brasileiro.
Além da expectativa sobre os juros, o mercado reagiu positivamente à divulgação do déficit primário de 2024, que ficou em R$ 43 bilhões, abaixo da previsão de R$ 55,4 bilhões, segundo a pesquisa Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda.