Com a chegada do inverno e a queda na umidade do ar, cresce o número de atendimentos por infecções de garganta nas unidades de saúde do estado de São Paulo. Segundo especialistas, o clima frio favorece a transmissão de vírus, especialmente em ambientes fechados, enquanto o ar seco contribui para a desidratação das vias aéreas, facilitando a entrada de microorganismos.
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De acordo com a coordenadora médica do Pronto-Socorro do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Lígia Coronatto, o cenário é sazonal.
“A maior parte das inflamações de garganta nesta época do ano é causada por vírus. Por isso, basta repousar, manter a hidratação e a alimentação saudável e os medicamentos sintomáticos para tratar o problema. Essa informação é essencial para desestimular o uso indevido de antibióticos, que pode ter consequências sérias a longo prazo”, comenta.
Diferença entre faringite e laringite
A faringite é uma inflamação na parte de trás da garganta, próxima à úvula, com sintomas como dor, febre e dificuldade para engolir. Já a laringite atinge a região das cordas vocais, provocando rouquidão, pigarro e até perda total da voz (afonia).
As crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa estão mais suscetíveis, assim como profissionais que usam a voz com frequência, como professores, cantores e palestrantes.
Como se proteger das infecções de garganta no frio
Para reduzir os riscos durante os dias mais frios, os especialistas recomendam:
- Manter a hidratação constante com água e soros nasais;
- Evitar ambientes fechados e contato com pessoas gripadas;
- Usar agasalhos adequados;
- Reforçar hábitos de higiene, como lavar as mãos;
- Ter uma alimentação equilibrada, sono reparador e praticar atividades físicas.
Tratamentos indicados
O tratamento varia conforme a origem da infecção:
- Viral: repouso, hidratação e anti-inflamatórios;
- Bacteriana: pode exigir antibióticos prescritos por médicos.
A automedicação, especialmente com antibióticos, deve ser evitada para prevenir resistência bacteriana.
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Cenário geral
As doenças respiratórias, como faringite e laringite, são responsáveis por um aumento expressivo na procura por pronto-atendimentos durante o outono e o inverno no estado. Em 2023, por exemplo, hospitais da rede pública paulista registraram aumento de até 40% nos atendimentos por queixas relacionadas à garganta nesse período. A situação tende a se repetir em 2025, exigindo atenção preventiva da população.
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*Com informações: Agência SP