Israel iniciou nesta terça-feira (16) a fase principal de sua ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, em meio a intensos bombardeios que moradores palestinos descreveram como os mais fortes desde o início da guerra há dois anos.
Tropas avançam pelo centro da cidade
De acordo com um oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF), as tropas estão avançando em direção ao centro de Gaza e o número de soldados será ampliado nos próximos dias. A estimativa da IDF é de que até 3 mil combatentes do Hamas permaneçam na região.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou no X (antigo Twitter):
“Gaza está em chamas. A IDF ataca com mão de ferro a infraestrutura terrorista, e os soldados estão lutando bravamente a fim de criar as condições para a libertação dos reféns e a derrota do Hamas”.
Civis palestinos fogem da Cidade de Gaza
Segundo autoridades de saúde locais, ao menos 40 pessoas morreram nas primeiras horas da ofensiva, a maioria na Cidade de Gaza. Testemunhas relataram incursões de tanques em vários pontos e destruição de prédios residenciais, mesquitas e estradas.
Com os intensos ataques, colunas de civis palestinos seguem para o sul e o oeste em carroças, riquixás, veículos pesados ou a pé.
“Eles estão apagando nossas memórias”, disse Abu Tamer, de 70 anos, que fugia com a família, em mensagem à Reuters.
Apoio dos Estados Unidos
Em visita a Jerusalém, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, apoiou a decisão de Israel de interromper negociações de cessar-fogo e recorrer à força contra o Hamas.
Rubio defendeu que a guerra só terminará se o Hamas se desarmar, se dissolver e libertar todos os reféns de uma só vez.
Já o Hamas condiciona a libertação dos reféns a um cessar-fogo permanente e à retirada das tropas israelenses de Gaza, afirmando que não abrirá mão de armas enquanto um Estado palestino não for reconhecido — algo que Israel descarta.