O mercado financeiro brasileiro viveu, nesta quarta-feira (14), um típico dia de acomodação: após uma sequência de recordes e quedas expressivas, investidores aproveitaram o momento para realizar lucros e ajustar posições. O reflexo disso foi uma leve alta do dólar e uma pequena queda no Ibovespa.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,632, com alta de 0,42% (R$ 0,024). No início do pregão, a moeda norte-americana chegou a cair para R$ 5,59, o menor patamar em sete meses, mas inverteu o movimento após a abertura dos mercados nos Estados Unidos.
Apesar da leve valorização desta quarta-feira, a trajetória do dólar continua sendo de queda no acumulado recente: recuo de 0,77% em maio e de expressivos 8,87% no acumulado de 2025.
Bolsa também recua após sequência de altas
O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, também entrou em compasso de espera. Após quatro sessões consecutivas de alta — incluindo um recorde histórico — o índice caiu 0,31% e fechou aos 138.536 pontos.
A falta de novidades relevantes no cenário internacional, especialmente no que diz respeito à guerra comercial impulsionada pelo governo Donald Trump, contribuiu para um ambiente mais morno nos mercados. O dia foi marcado pela chamada “realização de lucros”, quando investidores vendem ativos que se valorizaram nos últimos dias para garantir ganhos.
Commodities em queda impactam emergentes
Outro fator que influenciou o mercado brasileiro foi o recuo nos preços das commodities. O petróleo, que havia ultrapassado US$ 66 pela primeira vez em três semanas, caiu 0,42% e fechou cotado a US$ 65,81.
Para países exportadores de matérias-primas, como o Brasil, esse tipo de oscilação costuma impactar diretamente o câmbio e o mercado acionário. Quando os preços das commodities caem, as receitas com exportações diminuem, o que reduz a entrada de dólares no país e, por consequência, pressiona a moeda para cima.