O Governo de São Paulo ampliou o alcance do Muralha Paulista, programa que conecta câmeras municipais e particulares ao banco de dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para acelerar a identificação de veículos roubados, suspeitos e pessoas procuradas. O cadastro é gratuito para municípios, empresas e cidadãos com câmeras voltadas para a via pública.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o Muralha Paulista “integra sistemas existentes e devolve informações em tempo real”, elevando as chances de prisões e recuperação de veículos.
Atualmente, o sistema soma mais de 38 mil câmeras integradas, com leitura automática de placas (LPR) e reconhecimento facial. As imagens e dados são cruzados com as bases da SSP e geram alertas imediatos para as forças policiais.
Em setembro, o sistema registrou mais de 4 mil alertas envolvendo veículos roubados/furtados e pessoas procuradas.
Como participar do Muralha Paulista
- Quem pode aderir: prefeituras, empresas e pessoas físicas (CPF) ou jurídicas (CNPJ).
- Pré-requisito: câmeras voltadas para vias públicas.
- Cadastro gratuito: no portal da SSP ou no site do Muralha Paulista (seção “Muralha Paulista”).
Após a validação, as câmeras passam a alimentar o sistema e apoiar investigações e ações de segurança.
Proteção de dados (LGPD)
O programa segue a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com acompanhamento da ANPD e pareceres da PGE. A SSP reforça que somente câmeras voltadas para a rua podem integrar o sistema, preservando a privacidade em ambientes internos.
Expansão para 645 municípios
O Estado planeja ampliar o Muralha Paulista para todos os 645 municípios, incluindo cidades sem parque próprio de câmeras. Uma licitação para locação de equipamentos garantirá cobertura completa do território paulista.
“Vamos dificultar cada vez mais a vida do criminoso. A partir do ano que vem, teremos um cerco completo contra quem tentar transitar pelo Estado”, afirmou Derrite.