Às vésperas da 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lança o Mutirão COP30, uma ação participativa que convida a sociedade a integrar o debate sobre as mudanças climáticas e a reconhecer o papel estratégico das Unidades de Conservação (UCs) na proteção do planeta.
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil desta terça-feira, 28 de outubro, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, explicou que o objetivo do mutirão é envolver toda a população na causa ambiental. A ideia é que pessoas de diferentes regiões possam compartilhar vídeos, histórias e boas práticas relacionadas às Unidades de Conservação, utilizando as redes sociais para fortalecer a mensagem de que proteger a natureza é proteger o clima.
“A COP é um evento voltado à negociação entre países, mas nós queríamos que as pessoas comuns também participassem. Por isso, criamos esse mutirão: as pessoas que quiserem podem gravar vídeos e colocar nas suas redes sociais e aí podem mencionar #ICMBio para criar um movimento em favor dessas unidades de conservação como uma estratégia que o Brasil tem a oferecer para enfrentar a mudança do clima”, destacou.
“Queremos transformar o debate climático em uma conversa de todos — das comunidades locais aos usuários das redes sociais. As Unidades de Conservação são patrimônio do povo brasileiro e uma das maiores contribuições que o país tem a oferecer para o enfrentamento da mudança do clima”, concluiu Mauro Pires.
EQUILÍBRIO — Atualmente, o Brasil possui 344 Unidades de Conservação federais, distribuídas em todos os biomas e também na zona costeira e marinha — como o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a Floresta Nacional de Brasília. Essas áreas são fundamentais para a regulação da temperatura, o regime de chuvas e o armazenamento de carbono, contribuindo diretamente para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
“Onde temos unidades de conservação, a temperatura é mais regulada, a chuva é mais equilibrada e a vegetação se mantém preservada. Essas áreas reduzem emissões e protegem o clima”, explicou Pires. Segundo o presidente do ICMBio, as UCs representam uma das estratégias mais eficazes de enfrentamento da crise climática, ao promoverem conservação ambiental, proteção da biodiversidade e alternativas sustentáveis de desenvolvimento local.
“Conservação significa redução ou fim do desmatamento, significa mais proteção frente a queimadas ou incêndios e significa que aquela vegetação que lá está será protegida. Portanto, significa menos emissões. Quanto menos carbono a gente levar para a atmosfera, mais proteção ao clima nós temos”, explicou.
ADAPTAÇÃO — Além de mitigar os impactos climáticos, as Unidades de Conservação também oferecem oportunidades de adaptação a novos cenários ambientais e econômicos. “As unidades são espaços ideais para experimentarmos formas sustentáveis de convivência com o meio ambiente e de adaptação às mudanças já em curso”, destacou.
Durante a COP 30, que será realizada em Belém (PA), o ICMBio participará de eventos técnicos e atividades de conscientização, apresentando experiências bem-sucedidas de gestão e conservação que posicionam o Brasil como protagonista na agenda ambiental global.
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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
