Santo André inicia neste sábado (1º) o Programa Operação Chuvas de Verão (POCV) 2025/2026. O plano de contingência, conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, por meio do Departamento de Proteção e Defesa Civil, vigora até 15 de abril de 2026, e mantém as equipes municipais preparadas para os eventos climáticos extremos, típicos das chuvas de verão. Neste ano, uma das novidades do POCV é o lançamento do projeto Rede Cidadã de Monitoramento Climático.
>>mais notícias: Santo André
A iniciativa marca mais uma inovação do sistema de Defesa Civil municipal, integrando tecnologia de ponta com a participação ativa da comunidade para enfrentar os riscos de inundações e ondas de calor. O projeto consiste na criação de uma rede comunitária de pluviômetros e termômetros manuais que serão instalados em todos os bairros, incluindo a Macrozona de Proteção Ambiental. A adesão será voluntária e as inscrições para munícipes interessados em se tornar um Agente Comunitário de Monitoramento estão abertas no site da Defesa Civil – CLIQUE AQUI.
“O projeto transforma o munícipe em protagonista estratégico, fortalecendo a confiança e a parceria entre o poder público e a comunidade. A nossa iniciativa, uma novidade importante para o POCV, demonstra um compromisso claro com a prevenção e a gestão proativa de riscos, por meio de uma ação que une ciência, tecnologia e participação social”, ressalta o prefeito Gilvan Ferreira.
Na prática, a ação vai unir a tecnologia já utilizada pela Defesa Civil para emissão dos alertas e análises climatológicas com a inteligência comunitária, um moderno conceito de ciência cidadã, que torna a população atuante e garante resolução espacial dos dados, fornecendo informações microterritoriais, que vão completar os dados automatizados, além de subsidiar com informações o projeto de Inteligência Artificial para Predição de Alagamentos, que está em desenvolvimento.
Os interessados vão receber um kit para coletar os dados diários de chuva e temperatura e farão o envio de forma instantânea via QR Code. As informações vão compor o Banco de Dados Climático de alta densidade, que é crucial para o mapeamento dinâmico das ilhas de calor e para o cálculo de acumulados de chuva, como os índices de 72 horas.
O secretário de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Edinilson Ferreira dos Santos, comenta que o projeto vai subsidiar a tomada de decisões para a gestão pública. “O banco de dados se torna insumo primário para o planejamento urbano, com o direcionamento de obras de infraestrutura hídrica e a sustentabilidade dos serviços de saneamento. O investimento em prevenção gera um grande retorno econômico ao reduzir custos de recuperação pós-desastre”, diz.
A Rede Cidadã de Monitoramento Climático posiciona Santo André em conformidade com os mais altos padrões internacionais, atendendo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos requisitos da Campanha Cidades Resilientes (MCR) da ONU. “Os dados microterritoriais permitem à Defesa Civil emitir alertas pontuais de forma mais rápida e assertiva, salvaguardando vidas e o patrimônio, o que é um ponto essencial para a capacidade de resposta”, explica a diretora de Proteção e Defesa Civil de Santo André, Priscila de Oliveira. As inscrições ficarão abertas até 1º/12 e a meta é disponibilizar um kit de equipamentos em cada bairro da cidade.
Outras novidades – No contexto do POCV, outra novidade é a disponibilização de pontos de hidratação nos dias em que as temperaturas atingirem ou ultrapassarem os 31 ºC. Nomeados como Hidro Estações, os equipamentos serão instalados em locais de grande fluxo de pedestres (como a Estação Prefeito Celso Daniel, da CPTM, e o Terminal da Vila Luzita), e vão oferecer água à vontade para os interessados durante um período do dia.
No ambiente digital, a população vai poder conferir dicas e tirar dúvidas com a nova temporada da série de vídeos ‘Minuto Chuvas de Verão’, que será exibida nas redes sociais e no canal do Youtube do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).
O conteúdo, criado em parceria entre a Defesa Civil e a Coordenadoria de Comunicação Social da autarquia, acompanha dúvidas pontuais dos andreenses sobre o período de chuvas e se conecta com as respostas e explicações dos técnicos da Defesa Civil. A ideia é manter a população ainda mais informada sobre como se prevenir de problemas durante este período em que enchentes, alagamentos e deslizamentos são mais comuns e se tornar um material permanente de educação ambiental para a gestão de riscos ambientais e de comunicação pública para o enfrentamento dos eventos climáticos extremos.
Ações preventivas – O Plano Operação Chuvas de Verão prevê medidas preventivas, de resposta imediata e recuperação, ou seja, antes, durante e depois dos eventos, com uma atuação eficaz e organizada diante de emergências. De forma a garantir o bom funcionamento dos sistemas de drenagem, oferecer melhor infraestrutura aos moradores e, com isso, minimizar os efeitos das fortes chuvas, a Prefeitura de Santo André por meio das diversas secretarias municipais, realiza uma série de ações preventivas ao longo de todo o ano.
A Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos atuou em quatro núcleos – Missionários, Gonçalo Zarco, Espírito Santo/Portelinha e Cecília Maria – oferecendo serviços de melhorias nos sistemas de microdrenagem locais, abertura de vias, contenções e intervenções de infraestrutura em geral. Além disso, os córregos municipais passaram por limpeza, roçagem e desassoreamento, o que garante melhor fluidez das águas, especialmente nos dias de chuvas fortes.
Obras para contenção de margens e taludes foram realizadas no Rio Tamanduateí, Córrego Taióca, ruas Rio Upariquera, Oiapoque e na Avenida Sorocaba. Foram ampliadas ainda as instalações dos canteiros esponja, solução inovadora que também visa combater os efeitos das mudanças climáticas, sobretudo das enchentes. Os equipamentos foram implantados ou estão em implantação na Vila Palmares, Vila Rica, Centro e Vila Homero Thon.
Um dos principais incidentes do período chuvoso são as quedas de árvores. Por isso, o Departamento de Manutenção de Áreas Verdes atuou de forma preventiva ao longo do ano, realizando tomografias nos espécimes arbóreos, além de podas e remoção de árvores que apresentavam riscos.
Recentemente, a Secretaria de Infraestrutura e Obras entregou a finalização das obras do Complexo Maurício de Medeiros (Jardim Irene), que ocorrem no âmbito do programa Sanear Santo André. As intervenções contemplaram a execução de um novo viário, microdrenagem, regularização das ligações de água e esgoto, iluminação em LED e a canalização do Córrego Maurício de Medeiros.
O montante investido em 2025 em obras estruturantes e serviços preventivos em Santo André ultrapassou R$ 400 milhões. Os valores incluem dinheiro do orçamento próprio da Prefeitura e financiamentos externos, como junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), à CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe), ao Governo Federal e ao Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).
Em caso de ocorrências ou situações que necessitem de apoio e atendimento da Defesa Civil, os munícipes devem entrar em contato pelo telefone 199. Além disso, o departamento mantém um canal no WhatsApp em que são veiculados os alertas meteorológicos de Santo André. Basta se cadastrar no link https://bit.ly/canaldefesacivilsa.
_______
Fonte: PMSA | Texto: Paloma Alvarez/PMSA
