O prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB), pretende vender uns dos maiores patrimônios da cidade estimado em um valor de 10 bilhões de reais, num jogo de cartas marcadas que se alastra sobre a encenação da resolução da falta d’água na cidade.
O Semasa segue um modelo pioneiro de saneamento ambiental integrado onde a oferta de água, a coleta de esgoto, a drenagem urbana, a gestão dos resíduos sólidos, a gestão ambiental e a gestão de riscos ambientais através da defesa civil estão integrados em benefício do cidadão e do meio ambiente. Desde 2008, os serviços prestados pelo Semasa também têm o certificado NBR ISO 9001.
Paulo Serra tem propagado que a cidade não falta mais água porque a Sabesp aumentou a pressão para 1.350 m³ por segundo, segundo especialistas, pressão se mede metro coluna d’água e vasão metro cúbicos por segundos, portanto, o prefeito passa dados errados, além de afirmar que gastou R$100 mil reais para compra de redutores de pressão já que o Semasa tinha R$700 mil reais em caixa quando tomou posse.
Na verdade, a Sabesp simplesmente aumentou o volume de água enviada para a cidade, a vazão média repassada pelo órgão estadual era de 2.100 litros de água por segundo e agora chega a 2.500 litros de água por segundo, resolvendo a falta d’água, simples assim.
“Temos muitos modelos disponíveis e minha equipe está estudando bastante o que é feito em diversas cidades do Brasil. Primeiramente precisamos ter certeza dos valores que a empresa deve e quanto vale a companhia. Esses são pontos primordiais”. “O diálogo com Sabesp tinha sido encerrado pela gestão anterior, o que gerou prejuízo em relação ao fornecimento de água. Vamos tratar da repactuação da dívida, pois precisamos saber a natureza dos débitos.” afirma em nota à imprensa.
O prefeito Paulo Serra faz jogo de cena porque sabe que a dívida do Semasa está sendo questionada no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), do Ministério da Justiça que abriu um inquérito administrativo para investigar se a política de preços da Sabesp representa um crime contra a ordem econômica. A investigação foi aberta após pedido do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André. O Semasa alegou que a Sabesp cobra mais caro das cidades que possuem serviços próprios de distribuição de água como Santo André, Guarulhos e Mauá, na Grande São Paulo.
Portanto, o desafio para a cidade é se livrar gradativamente da Sabesp com a construção da ETA (Estação de Tratamento de Água) do Pedroso que elevará o Semasa produzir 25% de água e ter investimentos ao combate às perdas de água no sistema municipal.
Fonte: Site/Vila Luzita