O tráfego na Ponte Rio-Niterói sofreu uma interrupção total no final da manhã deste sábado (20), gerando um efeito cascata em toda a mobilidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A medida de segurança foi adotada após um homem acessar a via a pé e escalar um dos pórticos de sinalização informativa no sentido Niterói.
O fechamento durou aproximadamente uma hora, período necessário para que as equipes de socorro pudessem atuar de forma segura na preservação da vida do pedestre e dos motoristas que circulavam pela via.
Cronologia do Resgate e Protocolo de Segurança
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o alerta foi dado antes das 11h45. Devido ao risco iminente, o fluxo foi interrompido em ambos os sentidos exatamente às 11h44.
O resgate foi coordenado por equipes do Corpo de Bombeiros, que utilizaram equipamentos especializados para acessar o alto da estrutura. A operação seguiu os seguintes passos:
- 12h45: Reabertura das pistas no sentido Rio de Janeiro.
- 12h50: O homem foi retirado com segurança do pórtico.
- 13h00: Tráfego totalmente normalizado em ambos os sentidos.
Após a operação bem-sucedida, o homem foi prontamente encaminhado para o Hospital Psiquiátrico da Gamboa para receber o suporte médico necessário.
Reflexos Críticos no Trânsito do Rio
Embora a interdição tenha durado apenas uma hora, o impacto na rede viária da capital fluminense foi severo. O Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio) monitorou congestionamentos extensos em vias arteriais que alimentam o acesso à ponte.
As principais vias afetadas foram:
- Linha Vermelha e Avenida Brasil;
- Elevado Paulo de Frontin;
- Avenida Francisco Bicalho e Viaduto do Gasômetro.
No momento de pico do congestionamento, o tempo de travessia da ponte — que normalmente é de 13 minutos — saltou para 1 hora no sentido Rio, evidenciando o represamento de veículos durante a operação de resgate.
Nota da Concessionária e Saúde Mental
Em nota oficial divulgada em seus canais de comunicação, a Ecovias Ponte, concessionária que administra a via, reforçou a complexidade de ocorrências que envolvem pedestres.
“Em ocorrências com pedestre na via, a operação se torna mais complexa e nossas equipes atuam de forma integrada para preservar a vida, buscando reduzir os impactos no tráfego. Comentários que desumanizam não contribuem para o cuidado coletivo nem para a saúde mental”, declarou a empresa, em resposta a críticas sobre a interrupção do fluxo.
A intercorrência deste sábado acende o alerta para a necessidade de atenção contínua à saúde mental e à segurança operacional em grandes estruturas de mobilidade, onde a agilidade técnica deve sempre caminhar ao lado do valor humanitário.
