O programa ‘Defesa Civil Mirim: Guardiões da Periferia Viva’, desenvolvido pela Secretaria de Proteção e Defesa Civil da Prefeitura de Mauá, alcançou a terceira colocação no Prêmio Periferia Viva 2025, promovido pela Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades do Governo Federal. Foram 7,29 pontos de nota para o programa ‘Defesa Civil Mirim: Guardiões da Periferia Viva’, que foi antecedido pelo programa ‘Morar Bem Pernambuco’, com 7,75 pontos e Guardiãs das Matas, do Rio de Janeiro, com 7,46. Ao todo, no eixo Iniciativas de Entes Públicos Governamentais, concorreram 32 projetos, sendo 22 habilitados, com quatro de São Paulo e o restante de outros estados.
>>mais notícias: Mauá
O ‘Defesa Civil Mirim: Guardiões da Periferia Viva’ é um programa cujo objetivo é conscientizar crianças e adolescentes sobre situações de risco, medidas de segurança e identificação de condições favoráveis a eventos de desastres naturais. Para isso, as equipes da Secretaria de Proteção e Defesa Civil e outros profissionais com trabalhos afins desenvolvem metodologia técnica, com aulas teóricas e práticas para orientar grupos de crianças e adolescentes, moradores em áreas de risco, suscetíveis a deslizamentos, alagamentos e outras condições desfavoráveis.
O programa nasceu em 2015, mas foi descontinuado, retornando com força e aprimoramento em 10 de maio de 2025. É voltado para crianças e adolescentes, de oito a catorze anos, moradores em áreas vulneráveis a riscos naturais. “As aulas ocorrem na sede da Secretaria, mas os alunos se deslocam para as áreas com o objetivo de atribuir a visão prática do aprendizado”, explicou o secretário de Proteção e Defesa Civil, Sergio Moraes.
No caso, os integrantes das turmas do programa residem majoritariamente na região do Macuco, no Jardim Zaíra. Trata-se de um bairro com alta vulnerabilidade social e densidade demográfica, ocupação irregular, presença de uma grande quantidade de moradias precárias e topografia com grandes elevações, altamente favorável para deslizamentos de terra, desmoronamentos e alagamentos. O local foi escolhido como prioritário para reforçar o compromisso com todas as medidas possíveis para redução de riscos, educação preventiva e valorização da participação popular, assim como do protagonismo periférico.
Entre os meses de maio e julho, os alunos receberam 38 horas/aula, em 15 encontros presenciais no contraturno escolar e três passeios, em turmas de 25 indivíduos pela manhã e 25 à tarde. Tais atividades buscam fornecer possibilidades de contato direto em áreas de interesse ambiental.
Além disso, são realizadas rodas de conversa, vivências práticas e visitas guiadas. Com isso, espera-se que os alunos tenham condições de reverberar o aprendizado, desenvolver o senso comunitário, de cidadania e visão crítica para aspectos sociais com protagonismo e cultura de prevenção. Para alcançar estes propósitos, foram explorados os conteúdos de Formação Cidadã e Educação em Defesa Civil, Vivências e Experiências no território e Experiências Multidisciplinares. Nestes conceitos, por exemplo, os alunos foram treinados em manobras para desengasgo de adultos e bebês; perigo de balões; diferença entre enchentes, alagamentos, inundação e enxurrada; e prevenção de incêndios.
_____
Fonte: PMM
