O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), divulgou o Balanço Energético do Estado de São Paulo (Beesp) 2024, com base nos dados de 2023. O estudo revela que, no ano passado, as fontes renováveis consolidaram seu protagonismo na matriz energética paulista, representando 60% da oferta de energia interna bruta, que inclui o que é produzido, importado e exportado, totalizando 47 milhões de toneladas de óleo equivalente (toe). Entre as fontes renováveis, a energia da cana-de-açúcar lidera com 37%, seguida pela energia hidráulica e eletricidade com 15%, e outras fontes renováveis, como a energia solar, com 8%. Em comparação, o Brasil possui 49% de participação de renováveis.
Em relação à matriz elétrica, a energia solar fotovoltaica teve um crescimento notável em 2023, dobrando sua geração em comparação a 2022, passando de 4,5 TWh para 9,0 TWh. Com isso, a participação da energia solar na matriz elétrica paulista aumentou de 6% para 9%. “O aumento na geração de energia solar fotovoltaica é resultado da crescente busca por soluções sustentáveis, combinada à redução de gastos com energia elétrica por empresas e residências, à diminuição dos custos dos sistemas fotovoltaicos e aos incentivos fiscais”, destaca Marisa Barros, subsecretária de Energia e Mineração.
A publicação, que é elaborada anualmente pela Semil, tem como objetivo divulgar dados sobre a produção, transformação e consumo energético no estado de São Paulo. O estudo se estabelece como uma importante fonte de informações para a análise da estrutura e evolução da matriz energética paulista, fornecendo subsídios para o planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas para o setor de energia.
De acordo com o relatório, a hidrologia favorável em 2023 possibilitou um aumento de 25% na geração de energia hidráulica, que saltou de 43,0 TWh para 58,6 TWh. São Paulo, com seus rios e reservatórios, apresentou um cenário hídrico vantajoso, representando 61% da matriz elétrica, superando os 59% registrados em 2022.
A biomassa, por sua vez, representa 27% da matriz elétrica paulista, com um crescimento de 14%, passando de 23,1 TWh em 2022 para 26,8 TWh em 2023. Esse resultado se deve principalmente ao aumento da safra de cana-de-açúcar em 2023/2024, que cresceu 19%, atingindo 654 milhões de toneladas. No estado, a moagem também registrou um aumento de 23%, totalizando 388 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas para a produção de açúcar, etanol, eletricidade e biometano.
Com uma matriz elétrica predominantemente limpa, com 97% de fontes renováveis e 3% de fontes não renováveis, uma economia pujante, infraestrutura robusta e segurança jurídica, São Paulo apresenta um ambiente de negócios ideal para empresas com estratégias de descarbonização, que buscam comercializar produtos e serviços com menor impacto ambiental.
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*Com informações: Agência SP