O estado de São Paulo reduziu em 21,3% o número de sinistros de trânsito com vítimas nos seis primeiros meses de 2025. Segundo dados do Infosiga, plataforma estatística do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), o número de mortes se manteve estável em relação ao mesmo período de 2024.
O bom desempenho do semestre foi impulsionado principalmente pelos resultados de junho, quando houve recuo de 8,3% nas mortes (de 564 para 517) e de 26,1% nos sinistros com vítimas (de 11.562 para 8.544).
Entre os modais, os sinistros com automóveis apresentaram redução de 10,3% nas mortes em junho e de 9,3% no semestre (de 675 para 612). Os pedestres também tiveram melhora significativa: 27% menos mortes em junho e 5,9% de queda no acumulado semestral.
O número de ciclistas mortos também caiu: foram 34 óbitos em junho de 2025, contra 43 no mesmo mês de 2024. No semestre, a redução foi de 5,4% (de 222 para 210). Por outro lado, o grupo de motociclistas foi o único a apresentar aumento: 6,8% mais mortes no mês e 5,6% no semestre.
Capital paulista tem queda generalizada nas mortes
São Paulo, a capital, apresentou recuo de 7,5% nas mortes no trânsito no acumulado do semestre. Os dados indicam melhora em todos os modais, com destaque para os ciclistas, que registraram redução de 36,4% nos óbitos (de 22 para 14).
Apesar de um aumento pontual de 75% nos óbitos com automóveis em junho, o semestre fechou com queda de 16,4% nas mortes nesse modal. As mortes de motociclistas diminuíram 12,5% em junho e 7,6% no ano. Entre os pedestres, a redução foi de 4,7% no mês e 1,6% no semestre.
Guarulhos lidera redução entre pedestres
Em Guarulhos, segunda cidade mais populosa do estado, o número de mortes caiu 31,6% em junho e 26,5% no semestre. O destaque foi a queda entre os pedestres: -57,1% em junho e -56,8% no semestre.
Sinistros com automóveis também apresentaram redução expressiva: 26,7% menos mortes no semestre. Já entre os motociclistas, Guarulhos registrou queda de 10% em junho e de 9,5% no acumulado do ano.
Os dados reforçam a importância de políticas públicas contínuas de educação e fiscalização no trânsito, com atenção especial aos motociclistas — grupo que permanece como o mais vulnerável no cenário estadual.
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*Com informações: Detran-SP