O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) realizou, pelo terceiro mês consecutivo, o treinamento para bares e restaurantes a ajudar mulheres em situação de risco, conforme Lei estadual sancionada em fevereiro deste ano. O evento ocorreu na tarde de terça-feira (23) nas dependências do Sehal. Ao todo, a capacitação alcançou cerca de 150 pessoas.
O sindicato patronal busca ajudar seus associados a estarem informados acerca da situação. Conforme a Lei 17.635/2023, sancionada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, os estabelecimentos são obrigados a capacitar seus funcionários e habitá-los a identificar o assédio sexual e a cultura do estupro contra as mulheres dentro dos locais.
Por meio de workshop, o departamento jurídico do Sehal esclarece os principais pontos, fornece orientações e sugestões sobre a forma correta de agir diante de qualquer eventualidade.
“O nosso objetivo é que vocês tenham conhecimento sobre o conteúdo da legislação. Portanto, a aplicação deve ser, no mínimo, razoável e sensata. Não há condições de treinar absolutamente todos e, anualmente, como diz a Lei. Esperamos que essa e outras questões sejam revistas porque se trata de uma conta e responsabilidade que não cabe ao empresário pagar”, disse Beto Moreira, presidente do Sehal. Em toda a Região são cerca de 15 mil empregados na base do Sehal.
Os participantes do encontro foram certificados, receberam o protocolo de segurança Todos por Todas, que contém as principais orientações para ajudar mulheres, que frequentam ou trabalhem, em caso de risco dentro dos locais. O workshop sobre capacitação para combater o assédio sexual e o estupro contra mulheres foi ministrado pela advogada do Sehal, Dra. Denize Tonelotto e pela advogada, Isadora Rodrigues.
As especialistas destacaram a importância de oferecer apoio às vítimas em situação de risco. O bar ou restaurante deve conter cartaz informativo que os funcionários estão capacitados para tomarem medidas em casos de situações enquadradas como assédio ou importunação sexual.
“Isso mostra que o estabelecimento está preparado e oferece segurança para seus frequentadores”, resumiu Dra. Denize Tonelotto.
De acordo com as advogadas, entre os motivos da aprovação da Lei estão os casos de assédio envolvendo famosos jogadores de futebol, apesar de a cultura da violência ser um problema que vem se multiplicando. “Nos países onde aconteceram esses fatos havia pessoas preparadas e prontas para prestar o socorro às vítimas. Aqui ainda estamos aprendendo, mas é importante que todos tenham, no mínimo, as noções básicas enquanto a Lei não for aprovada”, explicou Denize Tonelotto.
Sobre o Sehal
Fundado em 12 de julho de 1943, o sindicato é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivo apoiar os empresários reciclando conhecimento em várias áreas. Representa cerca de oito mil estabelecimentos na Região do Grande ABC. Fornece apoio com profissionais renomados nas áreas jurídicas, sanitária, organizacional, parceria com escolas e faculdades, além de lutar pela simplificação da burocracia nos âmbitos municipal, estadual e federal com redução dos impostos e ainda contribuir para a qualificação dos empresários e trabalhadores.
Oferece ainda cursos gratuitos ou com condições especiais para associados e ministrados por professores altamente qualificados, em salas de aula equipadas com data show, cozinha completa com utensílios e insumos para as aulas práticas. É também considerado um dos sindicatos patronais mais atuantes do Brasil em razão das diversas conquistas e expansão no número de associados.
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Fonte: Atual Imagem Comunicação