Em agosto, os pesquisadores da Universidade Federal do ABC apresentarão em audiência pública o Plano Municipal de Redução de Riscos de Mauá, realizado em parceria com a Defesa Civil da Prefeitura de Mauá. O apoio da ação é do Governo Federal por meio da Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades.
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O trabalho teve início em março do ano passado e teve etapas como reconhecimento e levantamento. O Jardim Zaíra já recebeu a visita dos pesquisadores, que agora avançam no Jardim Feital. “A gente já fez a área mais complexa e tem sido fácil dialogar com os moradores. Tudo já foi fotografado por drones, que apontam detalhes como declividade, por exemplo”, explica Santis.
Os pesquisadores vão de rua em rua, visitando moradias e locais onde observam sinais que apontam vários tipos de riscos, como a desestabilização de talude que pode ocasionar deslizamento de terras.
Os engenheiros ambientais e urbanos, Talita Gonsales e Fábio de Santis, registraram o relato do morador Marcelo Veloso sobre a encosta atrás de sua oficina. Ele detalhou informações que passam a integrar o estudo. “No ano passado, houve uma atividade na rua de trás, que fica acima do meu terreno. Quando choveu, a água veio com pneu, entulhos e muita água barrenta”, disse Veloso, que ficou aliviado ao saber do trabalho dos pesquisadores, cujo objetivo é prevenir ocorrências na cidade e poupar vidas.
“Quando percebemos o risco maior, já avisamos a Defesa Civil, que toma as providências”, afirma Gonsales, “o importante é salvar vidas”. Foi o que houve na intensa chuva do dia 31 de março. O volume esperado era de 2mm, no entanto, em 1h40, a cidade enfrentou uma chuva que acumulou 132mm. As obras desenvolvidas na cidade ajudaram que em pouco tempo a água escoasse e as equipes da Prefeitura pudessem iniciar o trabalho de limpeza, desobstrução de vias e orientação do trânsito. A Defesa Civil já tinha antecipado ações preventivas para as áreas mais precárias, inclusive retirando famílias de áreas perigosas.
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Fonte: PMM
Foto: Evandro Oliveira/PMM