O uso do dinheiro em espécie pelos brasileiros está em queda desde a criação do Pix, em novembro de 2020, e o impacto da pandemia de covid-19 nos hábitos de consumo. É o que mostra o estudo do Banco Central (BC) Evolução de Meios Digitais para a Realização de Transações de Pagamento no Brasil.
Segundo o estudo, os saques em caixas eletrônicos e agências bancárias diminuíram de R$ 3 trilhões em 2019 para R$ 2,1 trilhões em 2022. Por outro lado, as transações pelo Pix aumentaram de R$ 180 milhões em 2020 para R$ 24,05 bilhões em 2022.
O estudo também indica que os brasileiros preferem transferências bancárias tradicionais para movimentar valores mais altos, representando cerca de 65% do volume financeiro de 2022. O Pix ficou com 12% das transações nessa faixa.
O BC afirma que o Pix e os cartões, especialmente o pré-pago, são usados principalmente para pagamentos de menor valor, contribuindo para a inclusão financeira da população.
“Nesse sentido, é razoável supor que o Pix e os cartões representaram importante papel na digitalização de camadas mais amplas da população”.
Valores médios
Banco Central/Divulgação
O BC também observou crescimento “expressivo da quantidade de transações com cartões de débito e pré-pago”, influenciado pela expansão de instituições financeiras. “Essas instituições vêm tendo papel relevante na inclusão financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente não tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro, sendo, por exemplo, as instituições em que muitos jovens iniciam seu relacionamento com o sistema financeiro”, destacou o estudo.
*Com informações da Agência Brasil