O ministro da Fazenda afirmou nesta terça-feira (8), durante o 11º Brazil Investment Forum realizado em São Paulo, que o Brasil está em posição favorável frente aos impactos da nova rodada de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump.
Segundo o ministro, a economia brasileira apresenta elementos de resiliência diante de choques externos, como reservas cambiais robustas, saldo comercial positivo, supersafra agrícola e uma taxa de juros elevada. “Esses fatores proporcionam ao país um grau de liberdade incomum na região. Não é este o caso de nenhum outro país latino-americano, por exemplo, incluindo o México”, destacou.
Trump anunciou recentemente um novo pacote de tarifas — ainda sem detalhes — que, segundo o ministro, pode causar “algum desarranjo global”. Apesar disso, ele acredita que o Brasil pode se beneficiar comercialmente, já que produtos nacionais podem se tornar mais competitivos no mercado norte-americano.
No entanto, o ministro reforçou que o Brasil não está imune aos efeitos da tensão comercial entre EUA e China, principal parceiro comercial do país. Ele alertou sobre possíveis impactos nas exportações brasileiras e recomendou cautela ao governo.
“A pior coisa que o Brasil pode fazer nesse momento é sair a campo sem a prudência diplomática que nós sempre tivemos”, afirmou. “A sociedade vai ter que pensar como se portar diante desse fato disruptivo. Mas não é o momento de anunciar medidas.”
A fala reforça a estratégia do governo federal de manter uma postura de observação e equilíbrio, diante da instabilidade no cenário econômico global.
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*Com informações: Agência Brasil